sexta-feira, novembro 22, 2024

Mãe é presa suspeita de matar filhas gêmeas no RS; entenda o caso

As crianças vieram à óbito em um intervalo de 8 dias, em circunstâncias semelhantes

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PC-RS), iniciou as investigações que apuram a morte de duas irmãs gêmeas de 6 anos, que ocorreram no intervalo de 8 dias, no município de Igreginha (à 90 km de Porto Alegre). A mãe das crianças apresentou estado de confusão mental e é a principal suspeita do crime.

Segundo os relatos, as crianças eram Antonia e Manoela Pereira. Antonia veio a morte na última na terça-feira (15) e Manoela no dia 7 de outubro. Ambas tiveram mortes semelhantes. Em 7 de outubro, Manoela passou mal enquanto dormia e chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu e morreu. Nesta semana, Antônia morreu da mesma forma, no hospital, após sofrer uma parada enquanto dormia.

Segundo a polícia, não foram encontrados sinais aparentes de violência nos corpos das meninas. Laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontarão as causas das mortes. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul suspeita que as duas irmãs tenham sido vítimas de envenenamento.

A mãe das meninas, Gisele Beatriz Dias, de 42 anos é a principal suspeita e teve a prisão preventiva cumprida na última quarta-feira (16). Na casa da família, foram encontrados medicamentos para tratamentos psiquiátricos. Em depoimento, a mulher já teria dito que sofria de depressão e que tinha frequentes pensamentos suicidas. O pai das gêmeas prestou depoimento e não é tratado como suspeito.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha emitiu uma nota afirmando que irá apurar, junto com as autoridades policiais, se houve a violação legal de proteção às infantes.

Nota do colegiado do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha:

“O COMUDICA, formado por representantes da sociedade civil e do Executivo, atua constantemente e de forma ativa na defesa dos interesses das crianças e adolescentes e no cumprimento da lei.

Informamos que não recebemos denúncias ou relatos de maus tratos envolvendo as gêmeas que faleceram, tampouco recebemos informações de falta de atuação do conselho tutelar ou da rede em acompanhamento deste caso em especifico, que pudesse gerar a abertura de sindicância ou PAD por parte do COMUDICA.

Tomamos conhecimento da situação pela imprensa e vamos averiguar se houve, por parte do conselho tutelar, a violação do dever legal de proteger as infantes, nos termos da lei, pois não toleramos qualquer violação de direitos.

Nos solidarizamos com a comunidade enlutada pelo falecimento precoce das crianças.

Confiamos nos trabalhos da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, que estão atuando nas investigações pertinentes, e estamos sempre atuando junto com a comunidade para que a lei seja cumprida.”

Ilustração: Marcus Reis

Leia mais: ‘Ele admite’, diz vereadora que denunciou colega de agressão em Iranduba

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