quinta-feira, novembro 21, 2024

Em meio a críticas contra a lei, David Almeida alega que quer ‘proteger’ mototaxistas

Nessa quarta-feira, a CMM aprovou regime de urgência de PL que revoga a Lei que poderia tirar milhares de motociclistas das ruas

Nos últimos dias, a Prefeitura de Manaus e a categoria dos mototaxistas da capital amazonense têm entrado em um embate por conta da Lei 3.379/2024, que estabelece regras para a categoria. No debate dessa quarta-feira (23), David Almeida (Avante) afirmou que o objetivo da lei sancionada é ‘proteger’ os motociclistas, o que difere do discurso da categoria que aponta dificuldades no trabalho.

Em maio desse ano, a Prefeitura de Manaus enviou o PL 285/2024 para a Câmara Municipal, que originou a Lei 3.379/2024, que prevê uma série de novas exigências, taxas e a regulamentação para os mototaxistas.

Um dos pontos da lei tem como objetivo trocar a permissão para autorização dos serviços de mototaxistas e da proporcionalidade dos veículos.

Sobre isso, a categoria alega a nova lei traria altos custos para a classe, além de causar prejuízo na continuidade do serviço pelas ruas de Manaus. Uma das proposituras está o uso de veículos próprios, descartando o uso de motocicletas alugadas.

Em outro ponto, o PL tinha como proposta a regulamentação da atividade dos motociclistas, incluindo os que trabalham com transporte de aplicativos, o que gerou revolta na classe.

Em nota, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) informou que a lei não intervém nos serviços realizados por aplicativo de transporte, como Uber e outros correlacionados.

Para se defender em meio às críticas, David Almeida comentou sobre a lei sancionada no debate entre candidatos a prefeito de Manaus e afirmou que a lei da Prefeitura de Manaus seria para proteger os trabalhadores de duas rodas.

“Essa é uma regulamentação do município. […] Estamos protegendo eles para que eles também possam trabalhar com aplicativos. Temos uma reunião marcada para que possamos também proteger o motorista de aplicativo, que também está sendo sacrificado pelas plataformas de fora”, alegou.

Ao comentar sobre o assunto, o candidato Alberto Neto (PL) se posicionou e afirmou que essa lei iria trazer prejuízos para a categoria. “Eles vão decidir quem pode e quem não pode trabalhar. […] É uma afronta ao direito de trabalhar e sustentar suas famílias”, opinou.

Lei revogada

Durante a votação dessa quarta-feira, a Câmara Municipal de Manaus revogou, em regime de urgência, a lei sancionada por David Almeida. De acordo com o vereador Rodrigo Guedes (PP), essa lei poderia tirar 40 mil mototaxistas das ruas de Manaus.

“Milhares de pessoas usam esse transporte e o transporte coletivo só não é mais caótico por causa desse modal, precisamos valorizar quem contribui com o transporte coletivo de Manaus”, declarou.

*Com informações do O Convergente

Leia mais: Associação de Jornalismo Investigativo se posiciona após episódio de servidor da Prefeitura de Manaus contra jornalista

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