quinta-feira, novembro 21, 2024

Em resposta aos EUA, Putin amplia uso de armas nucleares pelas Forças Armadas russas

As novas alterações incluem considerar qualquer ataque convencional à Rússia por uma potência não nuclear apoiada por uma potência nuclear como um ataque conjunto

Foi assinado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta terça-feira (19), o decreto que atualiza a doutrina sobre uso das armas nucleares, formalmente conhecida como – os fundamentos da política de Estado no campo da dissuasão nuclear. A medida aplia a possibilidade de uso desses armamentos pelas Forças Armadas russas, em conflitos.

A medida se trata de uma reação a decisão dos Estados Unidos. No último domingo (17), o Presidente em exercício, Joe Biden anunciou que havia autorizado que a Ucrânia utilizasse mísseis norte-americanos de longo alcance para atacar a Rússia.

Para o Kremlin, a atitude representa a entrada dos Estados Unidos no confronto armado. Segundo o texto do decreto, a Rússia agora considerará fazer um ataque nuclear se seu território ou de países aliados, enfrentem uma agressão “com o uso de armas convencionais que crie uma ameaça crítica à sua soberania e (ou) à sua integridade territorial”.

O decreto de 2020 dizia que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um ataque nuclear por um inimigo ou um ataque convencional que ameaçasse a existência do Estado. As novas alterações incluem considerar qualquer ataque convencional à Rússia por uma potência não nuclear, apoiada por uma potência nuclear como um ataque conjunto.

Ataques com aeronaves, mísseis de cruzeiro e aeronaves não tripuladas que cruze as fronteiras da Rússia também poderia desencadear uma resposta nuclear.

Na manhã desta terça-feira (19), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o uso de mísseis ocidentais não nucleares pelas forças armadas ucranianas contra a Federação Russa, sob a nova doutrina, poderia levar a uma resposta nuclear e que, apesar de a Federação Russa considerar o uso de armas nucleares “uma medida extrema”, a atualização da doutrina era necessária para alinhar o documento à atual situação política.

A invasão da Rússia na Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando em discurso feito pela televisão o presidente da Rússia Vladimir Putin anunciou o início de ‘operações militares especiais’ na região de Danbass, leste da Ucrânia. Mesmo momento em que em Kiev, capital ucraniana tocava sirenes informando um ataque aéreo.

 

 

 

 

 

 

 

Ilustração: Arquivo Portal Manaós

Leia mais: Guerra na Ucrânia: Entenda o impacto e as consequências em 1 ano de conflito

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