Parlamentares da oposição apresentaram nesta quarta-feira, 4, um pedido de impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, após a imposição da Lei Marcial no país, que desencadeou em uma série de manifestações da população e confrontos diretos com soldados que tentavam instalar as restrições.
Veja também: Forças especiais da Coreia do Sul entram em conflito após imposição da Lei Marcial
De acordo com a imprensa internacional, ao menos seis partidos prepararam a moção de impeachment com “urgência”. A previsão é que a medida seja colocada em pauta e seguir para votação já nesta sexta-feira, 6 de novembro.
Entre as legendas que apresentaram o pedido, está o Partido Democrático (PD), o principal da oposição, que busca a renúncia do presidente Yoon Suk Yeol.]
Entenda
Nessa terça-feira, 3, as forças especiais sul-coreanas entraram em conflito com cidadãos após o presidente Yoon Suk Yeol decretar a instalação da Lei Marcial no País. Emissoras sul-coreanas divulgaram imagens de soldados invadindo o parlamento para expulsar os políticos do interior do prédio.
Mesmo diante da confusão entre envolvendo soldados e manifestantes, e com o acesso ao Parlamento fechado, os deputados conseguiram realizar uma sessão de emergência e declararam a Lei Marcial como inconstitucional e inválida, após votação.
Veja também: Coreia do Sul reconhece sucesso dos programas Prosamin+ e Prosai Parintins, do Governo do Amazonas
A Lei Marcial é uma medida extraordinária que ocorre quando um governo transfere temporariamente o poder das instituições civis para as autoridades militares. Teoricamente, a lei suspende o próprio parlamento, tornando as ações dos deputados sem valor.
Na Coreia do Sul, é a primeira vez que a lei é declarada desde o fim da ditadura militar do país na década de 1980.