O Brasil segue enfrentando um desafio persistente com os chamados jovens “nem-nem”,aqueles que não estudam nem trabalham. No primeiro trimestre de 2024, 5 milhões de brasileiros entre 14 e 24 anos estavam nessa condição. Apesar de representar uma leve queda de 0,95% em relação ao mesmo período de 2023, quando o número era de 4,8 milhões, a situação ainda preocupa, especialmente entre mulheres e jovens de baixa renda.
O problema se agrava ao analisarmos a faixa etária de 25 a 34 anos. De acordo com o relatório “Education at a Glance 2024” da OCDE, 24% dos brasileiros dessa idade também não estudam nem trabalham. O índice é significativamente maior que a média dos países da organização, que gira em torno de 14%. Isso demonstra que a falta de oportunidades não afeta apenas os mais jovens, mas também aqueles que já deveriam estar inseridos no mercado de trabalho.
Especialistas apontam que a falta de qualificação profissional, a desigualdade social e as dificuldades econômicas são os principais fatores que levam milhões de brasileiros a essa situação. Além disso, a desconexão entre a educação formal e as demandas do mercado de trabalho dificulta a inserção desses jovens e adultos na economia.
Para enfrentar esse cenário, especialistas defendem a ampliação de programas de capacitação, políticas de incentivo ao primeiro emprego e maior investimento na educação profissionalizante. Sem medidas concretas, o Brasil corre o risco de perpetuar um ciclo de exclusão social e econômica, afetando o crescimento do país a longo prazo.
*Com informações de Terra Fatos
Foto: Pagbank
