quarta-feira, fevereiro 19, 2025

Arroz, farinha e café estão entre os itens mais caros da cesta básica manauara, confira ranking

Condições climáticas adversas e a alta do dólar foram apontados como os principais fatores que influenciaram a inflação

O ano de 2024 terminou com a inflação acima do limite máximo da meta estipulada pelo Governo Federal. O aumento dos preços dos alimentos, as condições climáticas adversas e a alta do dólar foram apontados como os principais fatores que influenciaram a inflação oficial. No Amazonas, esses elementos impactaram ainda mais o cenário local, tornando Manaus uma das capitais com alimentos mais caros do país.

Enquanto o Sul do Brasil enfrentava alagamentos, a capital amazonense sofria com uma seca histórica que atingiu níveis alarmantes em todo o estado. Como mais de 80% dos alimentos consumidos no Amazonas são provenientes de outros estados, segundo o Sindicato dos Feirantes do Estado do Amazonas (Sindifeiras-AM), a redução no transporte de alimentos para Manaus encareceu os produtos.

Impacto na cesta básica

Esses reflexos foram notórios no valor da cesta básica em Manaus, que atingiu R$ 814,28 em outubro, tornando-se a quarta capital com a cesta mais cara do país na época. O levantamento do Observatório PUC-Campinas mostra que, em janeiro, o preço da cesta básica na cidade ficou em R$ 754,11, registrando alta de 1,41% em relação ao mês anterior, quando custava R$ 743,60.

A especialista e conselheira federal de economia Denise Kassam explica que a principal razão da alta nos preços da cesta básica está questões envolvendo secas e enchentes que o país enfrentou. A alta no dólar também colabora para o reajuste.

Alguns fatores nos levam a entender o porquê disso estar acontecendo, inclusive o reflexo do que aconteceu em 2024. Nós tivemos no sul do país as enchentes e tivemos também as secas e queimadas, tudo isso traz uma oferta menor da oferta de alimentos no mercado. Além de tudo isso, tivemos ainda a alta do dolar no segundo semestre. Se você tem uma oferta pequena e uma demanda grande você acaba enfrentando um cenário de aumento de preços“, afirma.

Em outro trecho a especialista cita ainda outro aumento, o dos combustíveis, que também traz manifestações nos preços finais dos alimentos. A logística nesse caso também traz reflexos nos preços dos alimentos.

“Há uma expectativa que ainda em 2025 esse cenário se reverta, temos ainda questões envolvendo o combustível, esse reajuste também traz muitos reflexos no preço pelo transporte dos alimentos. Os nossos preços só são mais altos porque a nossa logística é alta. O governo federal por sua parte está desonerando os itens da cesta básica mas isso é uma solução de médio para longo prazo, vamos torcer”, finaliza.

Dos 13 itens analisados, seis tiveram aumento e sete apresentaram queda nos preços. A batata teve a maior redução, seguida por leite, feijão e banana.

A pesquisa também comparou o custo dos alimentos com o salário mínimo. Considerando o valor de R$ 1.518, a cesta básica compromete 49,67% desse montante. Como a avaliação leva em conta a alimentação de um trabalhador por um mês, ao considerar uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), o estudo indicou que seriam necessárias três cestas básicas para suprir as necessidades alimentares da casa. Nesse cenário, o gasto apenas com alimentação chegaria a R$ 2.262,32 mensais.

Composição da cesta básica

A pesquisa da PUC-Campinas utiliza a metodologia adotada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), considerando os hábitos alimentares locais. No caso da análise realizada para a região Sudeste, os itens e quantidades aferidos são:

Confira os produtos que mais tiveram alta nos preços:

Óleo R$ 8,99 – antes custava em média R$ 6.
Café R$ 12,49 – antes R$ 8
Farinha R$ 7,49 até R$ 13,99
Feijão R$ 4,99 até R$ 16,99
Arroz R$ 9,99 até R$12,99
Leite em pó R$ 17,99 até R$ 26,99 – antes era R$ 13,99
leite integral R$ 8,49 – antes até R$ 5,99
Frango R$ 10,99 o kg – antes o kg saía a R$ 8,99
Sabão em pó R$ 3,99,r$ 5,30 e R$ 9,89
Sabão barra – R$ 3,99 – antes até de R$ 1,99

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