O Governo de São Paulo confirmou nesta sexta-feira (14) um total de 12 casos de febre amarela em humanos no estado, resultando em oito óbitos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), nenhuma das vítimas havia recebido a vacina contra a doença.
A SES reforçou que a transmissão ocorreu em áreas rurais, afastando a possibilidade de transmissão urbana. O vírus da febre amarela é propagado por mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, também responsável pela disseminação de doenças como dengue e chikungunya.
Monitoramento e Situação Epidemiológica
Desde o ano passado, foram registrados 30 casos da doença em primatas nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Barretos e Osasco. Embora os macacos sejam frequentemente associados à transmissão, eles são apenas hospedeiros acidentais e servem como sentinelas para a circulação do vírus na região.
A tendência de casos de febre amarela vinha em queda nos últimos anos. Em 2024, até o momento, São Paulo registrou apenas uma infecção e uma morte, sendo que a vítima foi infectada fora do estado. Em 2023, houve duas infecções e um óbito. Em 2022, apenas um caso foi confirmado, enquanto nos anos de 2020 e 2021 não houve registros da doença.
Importância da Vacinação
Diante da confirmação dos novos casos, as autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação como principal medida de prevenção. O imunizante contra a febre amarela faz parte do Calendário Nacional de Imunização e está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
De acordo com as diretrizes da SES, o esquema vacinal prevê duas doses para crianças menores de 5 anos: a primeira administrada aos 9 meses e a segunda aos 4 anos. Para indivíduos entre 5 e 59 anos que ainda não tenham sido imunizados, é recomendada uma dose única.