A Prefeitura de Juruá, município localizado no interior do Amazonas, firmou recentemente contratos que ultrapassam a marca de R$ 6 milhões para a aquisição de medicamentos e material químico cirúrgico. A contratação foi realizada por meio de adesão a licitações de outros municípios, um processo conhecido como “carona”, em trâmites de Santana Isabel e Manacapuru.
O termo de adesão foi assinado pelo prefeito Ilque Cunha de Lima, no dia 10 de fevereiro, conforme publicado no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas. O procedimento, embora legal, levanta questionamentos sobre a transparência e o interesse público, pois permite que uma administração aproveite licitações já realizadas por outras prefeituras.
As duas empresas contratadas são a E.B Guedes, que será responsável pela aquisição de medicamentos, e a Nova Olinda Produtos Hospitalares e Medicamentos LTDA, que fornecerá material químico cirúrgico e odontológico.
A E.B Guedes, localizada em Manaus, no bairro Parque 10, possui um portfólio diversificado que inclui setores como instalação e manutenção elétrica, além de atacadista de carnes e derivados. Com um capital social de R$ 450 mil, a empresa receberá R$ 2,442 milhões do município de Juruá em um único contrato.
Por outro lado, a Nova Olinda Produtos Hospitalares e Medicamentos LTDA, que tem um capital social de R$ 1 milhão, será responsável pela aquisição de materiais cirúrgicos e odontológicos, além de atuar no setor de cosméticos e limpeza. A empresa, que tem o sócio Publio Astro Miguel, receberá R$ 3,622 milhões em um único contrato com Juruá. A Nova Olinda está localizada no bairro Colônia Terra Nova, também em Manaus.
Essas contratações são uma das primeiras ações de licitação no início do mandato de Ique Cunha de Lima e geram dúvidas quanto à eficiência e à fiscalização desses processos.
Outro lado
A reportagem buscou o prefeito Ilque Cunha, Juruá para mais detalhes a respeito das contratações e os critérios adotados pela gestão. Até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno sobre o tema. O espaço segue aberto.
A reportagem também buscou as empresas citadas nos certames para um posicionamento a respeito do tema. Até o fechamento da matéria também não tivemos retorno sobre o assunto.
Confira documentos