sexta-feira, fevereiro 21, 2025

Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifesta após denúncia da PGR

Entre as acusações, a PGR destaca a suposta elaboração de um decreto golpista

A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, acusando-os de arquitetar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A peça acusatória aponta Bolsonaro como líder de um esquema para romper com a ordem democrática, ressaltando que sua postura golpista já era evidente desde 2021.

A defesa do ex-presidente reagiu prontamente, classificando as acusações como “fantasiosas” e alegando que a denúncia se sustenta apenas na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, cujas versões teriam se alterado ao longo dos depoimentos. Os advogados de Bolsonaro afirmam que, após quase dois anos de investigações, não há provas concretas que liguem diretamente o ex-presidente a uma tentativa de golpe.

Entre as acusações, a PGR destaca a suposta elaboração de um decreto golpista, pressões sobre militares, monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes, apoio a acampamentos que pediam intervenção militar, um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e interferências em relatórios sobre urnas eletrônicas. Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro enfrentará um processo penal no STF.

Os defensores de Bolsonaro também criticaram as medidas cautelares impostas pela Justiça, como a prisão de aliados e a apreensão de aparelhos eletrônicos, e manifestaram confiança de que o STF rejeitará a denúncia por falta de coerência e provas contundentes. Segundo a defesa, Bolsonaro sempre agiu dentro dos limites da legalidade e as acusações são infundadas.

Além do ex-presidente, a PGR incluiu na denúncia ex-ministros e comandantes militares, que podem responder por crimes como liderança de organização armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e dano ao patrimônio público. Caso a denúncia seja aceita, todos os denunciados serão processados pelo STF.

No mesmo dia em que a PGR formalizou a denúncia, Bolsonaro almoçou com aliados para discutir projetos em tramitação no Congresso Nacional. Entre os temas abordados estavam possíveis mudanças na Lei da Anistia e na Lei da Ficha Limpa, demonstrando que o ex-presidente ainda conta com significativo apoio parlamentar.

Até o momento, o STF não se manifestou sobre a aceitação da denúncia, e o desdobramento do caso pode definir os rumos políticos de Bolsonaro e seu grupo de aliados nos próximos anos.

 

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