segunda-feira, março 3, 2025

Amazonas está no alerta da Fiocruz para virus respiratórios durante Carnaval

Fiocruz alerta que a aglomeração característica do período carnavalesco favorece a propagação de vírus respiratórios

Faltando poucos dias para o Carnaval, o Brasil apresenta um cenário relativamente estável no que diz respeito à incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pela Covid-19. De acordo com o boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nenhum estado registra alta nos casos da doença.

Locais que, nas últimas semanas, observaram aumento de SRAG entre idosos agora apresentam estabilidade ou pequenas oscilações. Esse é o caso dos estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Maranhão, Sergipe e Mato Grosso.

Apesar do cenário positivo, a Fiocruz alerta que a aglomeração característica do período carnavalesco favorece a propagação de vírus respiratórios. Dessa forma, a recomendação para quem apresentar sintomas gripais, como coriza, tosse e febre, é evitar festas e procurar atendimento médico caso os sintomas se agravem. A mesma precaução deve ser mantida após o Carnaval, quando um possível aumento de casos pode ser registrado.

Outro ponto de atenção é a vacinação contra a Covid-19. Quem estiver com o esquema vacinal atrasado deve procurar um posto de saúde o mais rápido possível. Atualmente, a vacinação básica contra a doença é indicada para crianças entre 6 meses e 5 anos, enquanto grupos de risco, como idosos, gestantes, pessoas com deficiência e portadores de comorbidades, necessitam de doses de reforço periódicas para manter a proteção.

A SRAG é uma complicação grave das infecções respiratórias, podendo comprometer a função pulmonar e demandar internação. Em muitos casos, pode levar à morte, principalmente entre os mais vulneráveis. Até o dia 22 de fevereiro, o Brasil registrou aproximadamente 13,5 mil casos da síndrome, sendo que mais de 2,2 mil foram confirmados como Covid-19. Das 1.194 mortes registradas por complicações respiratórias no período, 466 ocorreram após infecção pelo coronavírus, representando 80,9% das fatalidades causadas por algum vírus.

Preocupação com crianças

O boletim da Fiocruz também destaca a preocupação com crianças e adolescentes, especialmente após o retorno às aulas. Em sete estados – Acre, Pará, Roraima, Tocantins, Sergipe, Goiás e Distrito Federal – houve aumento nos casos de SRAG entre menores de 14 anos. Em Goiás e no DF, a maioria dos casos foi atribuída ao vírus sincicial respiratório (VSR), que pode levar a quadros graves, especialmente em crianças menores de dois anos. Nos demais estados, ainda não há dados suficientes para determinar o agente causador.

No panorama nacional, entre os casos com diagnóstico positivo nas últimas quatro semanas, 45,3% foram provocados pela Covid-19, 21,2% por rinovírus e 19,3% pelo VSR. Além disso, em nove estados – Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará e Paraíba – a incidência de SRAG em crianças e adolescentes ainda é baixa, mas apresenta tendência de crescimento.

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