sábado, março 8, 2025

Reposição de vitaminas e hormônios: quando iniciar e por que é essencial para a saúde urológica

Especialista aponta que a reposição deve ser avaliada caso a caso, com base em exames laboratoriais de apoio ao diagnóstico e na análise clínica

A reposição de vitaminas e hormônios é um tema cada vez mais discutido na área da saúde, especialmente, no campo da urologia, onde o equilíbrio hormonal desempenha um papel fundamental na qualidade de vida e na prevenção de doenças. O envelhecimento natural do organismo, associado a fatores como estresse, alimentação inadequada e sedentarismo, pode levar a deficiências que afetam diretamente a saúde masculina e feminina, impactando funções vitais como metabolismo, libido, disposição e até mesmo a função urinária, explica o presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cirurgião uro-oncologista Giuseppe Figliuolo.

De acordo com ele, a necessidade de reposição deve ser avaliada caso a caso, com base em exames laboratoriais de apoio ao diagnóstico e na análise clínica feita por um especialista. Em homens, a reposição de testosterona pode ser indicada a partir dos 40 anos, quando os níveis desse hormônio começam a declinar naturalmente, um quadro conhecido como andropausa.

“Com a queda na produção de testosterona, outras alterações começam a aparecer, tais como insônia, indisposição, redução da massa muscular e a tão temida disfunção erétil. A reposição, no entanto, vai depender do perfil de cada paciente, assim como a metodologia e a dosagem”, destaca Figliuolo, que é doutor em Saúde Pública.

No caso dos homens, outros sinais que podem indicar a necessidade de avaliação por um médico urologista são: diminuição das ereções matinais espontâneas, dificuldade em atingir o orgasmo, mudanças bruscas no humor, alta irritabilidade, problemas na autoestima, fadiga, maior sudorese e transpiração noturna. Em alguns casos há, ainda, a perda da massa óssea e de pelos (como a barba, por exemplo).

Além dos hormônios, a deficiência de vitaminas como D, B12 e zinco pode comprometer a função imunológica, a produção hormonal e a saúde da próstata. A vitamina D, por exemplo, está diretamente ligada à saúde óssea e à manutenção dos níveis adequados de testosterona.

“Estudos recentes apontam que a suplementação de vitamina D, em casos de deficiência na produção, pode ajudar a prevenir, por exemplo, o câncer de próstata, ou, reduzir a agressividade da doença. Os resultados são preliminares, mas, animadores. Por isso, é tão importante o check up médico anual, que pode mostrar se o organismo apresenta deficiência de vitaminas e hormônios, além da necessidade de suplementação”, frisou o especialista da Urocentro Manaus.

Além da disfunção erétil, a falta de equilíbrio hormonal pode desencadear problemas urológicos, como incontinência urinária e aumento da próstata (hiperplasia prostática benigna). Os níveis inadequados de vitaminas e minerais estão associados a menor resistência imunológica e maior risco de infecções do trato urinário também.

“Na prática, isso significa que quem apresenta imunidade baixa pode desenvolver, por exemplo, infecção urinária de repetição, além de estar mais propício à ação de vírus e bactérias oportunistas, por exemplo”, explicou Figliuolo.

No caso específico das mulheres, a queda hormonal se intensifica na menopausa, geralmente após os 45 anos, sendo necessária uma abordagem individualizada para minimizar sintomas como fadiga, redução da libido e alterações urinárias. Uma atuação multidisciplinar, neste caso, é a indicação, com a participação fundamental de um especialista em ginecologia, por exemplo, além de um endocrinologista.

Riscos do uso indiscriminado

De acordo com o uro-oncologista, o acompanhamento médico regular é essencial para garantir que a reposição seja feita de maneira segura e eficaz, evitando riscos como efeitos colaterais e dosagens inadequadas. O alerta vale tanto para homens, quanto para mulheres.

“O uso indiscriminado de hormônios e suplementos sem prescrição pode causar mais danos do que benefícios, sendo fundamental um planejamento personalizado para cada paciente. Temos observado notícias recorrentes de uso de testosterona e outros medicamentos no meio fit, por exemplo, especialmente por homens. São questões que impõem uma maior reflexão: vale à pena colocar a saúde em risco para um melhor desempenho na academia?”, questiona o especialista.

Investir na reposição adequada de vitaminas e hormônios, aliada a hábitos saudáveis, melhora a saúde urológica e contribui para um envelhecimento com mais qualidade de vida. Mas, usar a reposição de forma indiscriminada, com outras finalidades, pode aumentar as chances de desenvolvimento de alterações importantes, como hipertrofia de músculo cardíaco (cardiomegalia) e insuficiência cardíaca, alerta Giuseppe Figliuolo.

Dr. Giuseppe Figliuolo atende na Clínica Urocentro Manaus, localizada na rua Fortaleza, Adrianópolis. O agendamento pode ser feito pelos números (92) 99255-0753 / 99254-3035.

 

(*) Com informações da assessoria

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