A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito de envolvimento no assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, cujo corpo foi encontrado na zona rural de Cajamar, na Grande São Paulo. Maicol passou por audiência de custódia neste domingo (9) e teve a prisão temporária decretada no sábado (8), mesmo dia em que foi detido.
A decisão judicial baseou-se nos “fortes indícios” de participação do suspeito no crime, além de contradições em seu depoimento. Testemunhas relataram que Maicol foi visto nas proximidades do local do crime e que seu veículo, um Toyota Corolla prata, foi flagrado na cena do assassinato. Também foram registradas movimentações suspeitas em sua residência na noite do desaparecimento de Vitória.
Depoimentos Contraditórios
Durante o interrogatório, Maicol declarou que passou a noite do crime, em 26 de fevereiro, em casa com a esposa. Entretanto, a mulher afirmou que dormiu na casa da mãe e que apenas recebeu uma mensagem de “boa noite” de Maicol às 23h30, indicando que ele não estava com ela naquele momento.
Outras testemunhas relataram movimentação incomum na residência do suspeito. Vizinhos disseram à polícia que Maicol entrou e saiu da garagem diversas vezes e que chegou a comentar que o carro “tinha ficado bom”. Um detalhe considerado suspeito pelos investigadores é que o veículo permaneceu guardado na garagem durante aquela noite.
Investigação e Outros Suspeitos
Além de Maicol, a polícia havia solicitado a prisão temporária de um segundo suspeito, Daniel Lucas Pereira, porém, a Justiça negou o pedido, autorizando apenas buscas em sua residência. Ao todo, sete pessoas estão sob investigação por possível envolvimento no caso. As autoridades ainda apuram a motivação do crime, com hipóteses que incluem vingança e ameaças.
Imagens de câmeras de segurança revelam que Vitória foi vista pela última vez saindo do shopping onde trabalhava e caminhando até um ponto de ônibus. Durante o trajeto, ela enviou mensagens a uma amiga relatando medo de dois homens que a assediaram em um carro e de outros dois rapazes que entraram no coletivo junto com ela.