O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou em entrevista que desconhecia a tributação sobre discos de vinil importados, diferentemente dos livros, que são isentos de impostos. A declaração aconteceu após um questionamento de um internauta sobre a carga tributária aplicada a produtos culturais.
Atualmente, discos de vinil, CDs e DVDs adquiridos no exterior podem sofrer uma taxação de até 60%, além da incidência do ICMS, o que encarece significativamente os produtos e dificulta o acesso de colecionadores e entusiastas da música a álbuns internacionais.
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“Eu nem sabia que disco era tributado, porque livro não é. Compro livro importado e nunca paguei tributo”, disse Haddad. “Prometo ver isso, com carinho […] Vou discutir com o [Robinson] Barreirinhas [Secretário Especial da Receita Federal]“, acrescentou. “Se você estiver me ouvindo, Dr. Barreirinhas, já reserve na segunda uma horinha para mim”, concluiu.
Apesar da tributação, o mercado de vinis no Brasil continua em crescimento. Segundo dados recentes, houve um aumento de 31,5% nas vendas, impulsionado pelo interesse renovado no formato físico e pela busca por uma experiência musical mais autêntica. No entanto, a alta carga tributária ainda é vista como um entrave para a popularização do formato entre os consumidores brasileiros.
Questionado sobre a possibilidade de reduzir ou isentar tributos para mídias físicas, Haddad afirmou que pretende “ver a questão com carinho”, mas não deu detalhes sobre possíveis mudanças na política tributária para esses produtos.