A Polícia Civil de Goiás concluiu a investigação contra os donos das clínicas de estética Karine Gouveia e revelou um esquema fraudulento envolvendo o uso de produtos falsificados em procedimentos estéticos. Segundo o relatório final da polícia, obtido pela TV Anhanguera, Karine Giselle Gouveia, de 34 anos, e Paulo César Dias Gonçalves, de 44, compravam produtos no Paraguai e falsificavam o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de aplicá-los em pacientes.
As descobertas foram feitas com base no depoimento de um ex-funcionário da clínica, que detalhou como os materiais sem registro eram adulterados para parecerem regularizados. O casal foi indiciado por nove crimes e é responsabilizado por deformar ao menos 29 pacientes. Atualmente, ambos estão presos na Unidade Prisional de Aparecida de Goiânia.
Esquema fraudulento e vítimas
A investigação apontou que a clínica oferecia procedimentos estéticos a preços atrativos, mas utilizava substâncias de origem duvidosa. O uso de produtos clandestinos pode ter sido o responsável pelas complicações enfrentadas por diversas pacientes, que relataram deformações permanentes e graves danos à saúde.
Com o aumento das denúncias, a polícia aprofundou as investigações e confirmou a falsificação dos selos da Anvisa. A prática enganava os clientes, que acreditavam estar recebendo produtos de qualidade e devidamente regularizados.