Trump volta a sugerir terceiro mandato proibido pela Constituição dos EUA: ‘Não estou brincando’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a sugerir neste domingo (30) a possibilidade de buscar um terceiro mandato, apesar da regra constitucional que impede tal ação. Durante uma ligação para a emissora NBC, o republicano afirmou que “não estava brincando” ao considerar essa hipótese e mencionou que “existem métodos pelos quais isso pode ser feito”.

A Constituição dos Estados Unidos, por meio da 22ª Emenda, ratificada em 1951 após Franklin D. Roosevelt ser eleito quatro vezes consecutivas, estabelece que “nenhuma pessoa será eleita para o cargo de presidente mais de duas vezes”. No entanto, Trump tem reiterado publicamente sua intenção de desafiar essa norma e, desta vez, apresentou declarações mais concretas sobre como poderia alcançar esse objetivo.

Métodos alternativos para um terceiro mandato

Trump, que iniciou seu segundo mandato com uma série de decretos e medidas para enfraquecer setores do governo federal, afirmou que seus seguidores desejam que ele continue no poder além do período constitucionalmente permitido. Segundo ele, há um caminho para viabilizar essa possibilidade.

“Muita gente quer que eu faça isso”, declarou o republicano à NBC News. “Mas basicamente digo a eles que temos um longo caminho pela frente. Sabem, é muito cedo na administração”, afirmou.

Para reformar a Constituição e permitir um terceiro mandato, Trump precisaria da aprovação de dois terços tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, um cenário atualmente improvável devido à ausência de uma maioria republicana significativa em ambas as casas. Outra possibilidade seria convocar uma convenção constitucional, o que exigiria o apoio de dois terços dos estados norte-americanos e, posteriormente, a ratificação de três quartos deles.

Plano envolvendo o vice-presidente

Quando questionado pela NBC sobre a possibilidade de seu vice-presidente, J.D. Vance, concorrer à presidência com ele como vice e, posteriormente, renunciar ao cargo para entregar-lhe o poder, Trump afirmou que “esse é um” dos métodos possíveis, acrescentando que há outros caminhos, mas sem fornecer detalhes adicionais.

A estratégia sugerida por Trump, no entanto, levantaria diversas controvérsias jurídicas e políticas, uma vez que nunca houve um precedente semelhante na história dos Estados Unidos.