O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) confirmou que o mutirão de castração realizado em Jacareí entre os dias 9 e 13 de abril ocorreu sem a devida autorização do órgão. A ação, promovida pela Prefeitura em parceria com a empresa Pet Mogi, terminou com a morte de cinco cães submetidos ao procedimento.
De acordo com o CRMV-SP, o evento não contava com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) obrigatória para a realização de ações do tipo. A última ART registrada em Jacareí foi emitida em julho de 2024, e não houve atualização para o mutirão de abril. Sem esse registro, o Conselho afirmou não ter sido informado previamente sobre a iniciativa.
As mortes aconteceram logo no início do mutirão: três cães morreram no primeiro dia, mas os procedimentos seguiram até o sábado, 12, quando outros dois óbitos foram registrados. A previsão inicial era realizar cerca de mil castrações, mas o serviço foi encerrado antecipadamente, após pouco mais de 600 cirurgias.
Diante do ocorrido, a Prefeitura instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos e notificou o CRMV-SP em 15 de abril, solicitando apoio técnico nas investigações. Até o momento, o Executivo municipal não divulgou um posicionamento oficial sobre o caso.
Em nota, a empresa Pet Mogi lamentou as mortes dos animais e informou que iniciou uma apuração interna. A companhia afirmou ainda que está colaborando com as autoridades para esclarecer o episódio.Mutirão de castração em Jacareí não tinha autorização do CRMV-SP e termina com morte de cinco cães
