terça-feira, abril 22, 2025
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Cheia atinge mais de 92 mil pessoas no Amazonas e compromete produção agrícola

Além da mandioca, produtores relatam perdas em lavouras de maracujá, banana, macaxeira e hortaliças

As cheias dos rios no Amazonas já afetam diretamente 92.411 pessoas, o equivalente a cerca de 23 mil famílias, segundo dados divulgados neste domingo (20) pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais. A situação tem causado impactos severos na produção agrícola e na rotina de comunidades ribeirinhas.

Em Benjamin Constant, município localizado no Alto Solimões, a mais de 1.500 quilômetros de Manaus, cerca de 600 famílias tiveram suas plantações tomadas pela água, de acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura. A mandioca, principal cultura da região, foi uma das mais afetadas.

“O que conseguimos tirar, nós já estamos torrando. O que ficou submerso, vamos tentar aproveitar como ração para galinha e porco. O resto se perde na água”, relatou a agricultora Tilza Fabá à Rede Amazônica.

Além da mandioca, produtores relatam perdas em lavouras de maracujá, banana, macaxeira e hortaliças. Ao todo, 18 comunidades ribeirinhas estão sendo impactadas diretamente pela enchente em Benjamin Constant, com prejuízos significativos à subsistência local.

A cheia também tem forçado moradores a deixarem suas casas. Famílias ribeirinhas estão se deslocando para áreas mais altas ou em direção à sede dos municípios. “A alagação parece maior que a de dois anos atrás. Estamos tentando nos mudar para a cidade para ter um lugar firme”, contou um morador que teve a casa invadida pela água.

De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, as nove calhas dos rios no estado estão em processo de cheia, com picos de elevação previstos entre março e julho. Até o momento, nove municípios já decretaram situação de emergência: Humaitá, Apuí, Manicoré, Boca do Acre, Guajará, Ipixuna, Novo Aripuanã, Benjamin Constant e Borba. Outras 17 cidades estão em estado de alerta e 36 em atenção.

A Defesa Civil segue monitorando a situação e realizando ações de resposta, como o envio de cestas básicas, kits de higiene e atendimento emergencial às áreas atingidas.

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