O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), com o apoio operacional da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), deflagrou na manhã desta quinta-feira, 1º, a Operação Valentia, com o objetivo de prender seis dos sete guardas municipais envolvidos em um grave episódio de tortura ocorrido no Centro de Manaus.
Segundo o MPAM, a ação é resultado da investigação que apura a agressão de um homem algemado, registrada em vídeo no dia 12 de abril dentro de um prédio abandonado. As imagens, amplamente compartilhadas desde a semana passada por aplicativos de mensagens, redes sociais e veículos de imprensa, mostram um guarda municipal desferindo diversos golpes de bastão contra o homem, que já se encontrava imobilizado. Outros agentes também aparecem nas imagens. O MPAM não informou o nome dos guardas que já foram detidos.
Na semana passada, um dos guardas supostamente envolvidos no episódio, identificado como Francisco das Chagas Eugênio de Araújo, foi preso pela PC-AM.
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Segundo o promotor de Justiça Armando Gurgel Maia, titular da 60ª Proceapsp (Promotoria de Justiça com atuação na área de controle externo da atividade policial), dos seis mandados de prisão expedidos, três foram cumpridos até o momento. Além das prisões, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão, totalizando 14 ordens judiciais.
O sétimo guarda municipal, que aparece no vídeo realizando as agressões, já havia sido preso no último sábado (26/04), ao se apresentar voluntariamente ao 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Em depoimento, segundo o MPAM, ele afirmou que o homem agredido teria tentado furtar um motor e foi capturado pela equipe de patrulhamento. No entanto, segundo as informações, o suspeito foi liberado após a abordagem, já que nenhum objeto que comprovasse o roubo foi encontrado com ele.
Além disso, a vítima não foi identificada nem conduzida a qualquer unidade policial após o episódio, o que levanta ainda mais suspeitas sobre a conduta dos envolvidos.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Manaus e solicitou um posicionamento sobre a conduta dos guardas municipais e a operação do MPAM. Até a publicação, sem retorno.
Fonte: O Convergente
