quarta-feira, maio 14, 2025
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Projeto “Auto do Carão” encerra primeira temporada com espetáculo em Manacapuru

.Idealizado e dirigido pelo professor e escritor Jean Suwa, o projeto tem como proposta o resgate e a valorização das cirandas

Após quase dois meses de circulação entre Manaus e municípios do interior, o espetáculo “Auto do Carão” encerrou sua primeira temporada na última terça-feira (13), com apresentação em Manacapuru (a 71 km da capital). A peça integra o projeto Ciranda Viva, que teve início em março na Escola Municipal Procópio Maranhão, em Iranduba.

Idealizado e dirigido pelo professor e escritor Jean Suwa, o projeto tem como proposta o resgate e a valorização das cirandas, manifestação folclórica tradicional do Amazonas. Ao longo da temporada, o Ciranda Viva promoveu apresentações musicais e teatrais, oficinas artísticas e palestras culturais, atingindo milhares de estudantes de escolas públicas.

“Encerramos com muita emoção na cidade das cirandas. A proposta cumpriu seu papel de promover o contato com a cultura amazônica e preservar memórias importantes”, declarou Jean Suwa.

Espetáculo e atividades formativas

Inspirado na obra literária “Auto do Carão”, lançada em 2024 pela Editora Appris, o espetáculo satiriza os modos de vida urbana no início do século XX na Amazônia. Com linguagem acessível e personagens folclóricos, a peça foi concebida para ser apresentada diretamente em escolas públicas, promovendo acesso cultural em comunidades com pouca oferta de atividades artísticas.

A primeira temporada contou com dez apresentações, além de cinco oficinas e três palestras culturais em dez escolas. Em Manaus, seis escolas foram contempladas; em Iranduba, três instituições participaram da programação; e em Manacapuru, o encerramento homenageou a Ciranda de Nazaré, considerada a primeira do estado.

Durante as oficinas, ministradas por artistas locais como Lucas Almeida (Loki), Jessé Batista da Cunha (Jessé Bass) e Giselle Chagas, cerca de 30 alunos por escola participaram de atividades de dança, música e teatro, explorando os elementos do espetáculo e a história das cirandas.

As palestras abordaram o papel da educação no resgate e preservação do patrimônio imaterial da Amazônia, envolvendo diretamente a comunidade escolar.

Patrocínio e próximos passos

O projeto foi viabilizado por meio da Lei Rouanet Norte 2023, com patrocínio do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e Correios. A equipe já articula a segunda temporada, prevista para o segundo semestre de 2025.

“Nosso objetivo é consolidar o Ciranda Viva como uma referência na produção cultural do Amazonas, valorizando as manifestações populares não em grandes arenas, mas onde elas nasceram: nas comunidades”, finalizou Suwa.

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