A coalizão de centro-direita Alternativa Democrática (AD), liderada pelo atual primeiro-ministro Luís Montenegro, foi a mais votada nas eleições legislativas de Portugal, realizadas neste domingo (18). Com 32,7% dos votos, a AD – formada pelo Partido Social Democrata (PSD) e pelo Centro Democrático Social (CDS) – conquistou 89 assentos no Parlamento.
Apesar da vitória, ainda não está definido se a coalizão conseguirá formar governo sem precisar negociar com outras legendas, dentro do modelo parlamentarista português.
O partido Chega (CH), de extrema-direita e com forte discurso anti-imigração, voltou a crescer e empatou com o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, no número de cadeiras parlamentares. Ambas as siglas elegeram 58 deputados, mas os socialistas obtiveram uma ligeira vantagem em votos: 23,4% contra 22,6% do Chega.
Liderado por André Ventura, o Chega já havia demonstrado força nas eleições anteriores, ao saltar de 12 para quase 50 cadeiras, embora tenha permanecido fora do governo. À época, o premiê Luís Montenegro reafirmou que não negociaria com o partido.