O governo do Reino Unido está avaliando a adoção de um modelo semelhante ao dos agentes comunitários de saúde do Brasil como forma de revitalizar o NHS (o serviço público de saúde britânico), de acordo com reportagem publicada pelo jornal The Telegraph, no início de abril.
A matéria, assinada pelas jornalistas Laura Donnelly e Claudia Marquis, levanta a seguinte questão no título: “O NHS está à beira do colapso — um projeto radical das favelas brasileiras poderia salvá-lo?”. O texto aponta que autoridades britânicas estão observando com atenção o funcionamento da Estratégia Saúde da Família, parte do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, e já iniciaram um projeto piloto inspirado nesse modelo em Pimlico, bairro localizado em Londres.
A expectativa é que a iniciativa seja expandida para outras 25 localidades da Inglaterra.
De acordo com o Telegraph, a atuação dos agentes comunitários no Brasil contribuiu significativamente para a melhoria de diversos indicadores de saúde. Esses profissionais atuam diretamente nas comunidades, com foco na promoção da saúde e na prevenção de doenças, o que, segundo a reportagem, tem despertado o interesse do atual governo britânico.
Pouco tempo após assumir o poder, o novo governo trabalhista demonstrou interesse formal na experiência brasileira, enviando representantes ao Rio de Janeiro para assinar uma carta de intenções que prevê cooperação bilateral na área da saúde.
Ainda segundo o jornal, o ministro da Saúde britânico, Wes Streeting, convidou especialistas brasileiros para compartilhar informações sobre os programas de saúde da família, com o objetivo de integrar esse conhecimento ao plano estratégico de dez anos que está sendo elaborado para o NHS. A previsão é que esse plano seja divulgado em junho, com ênfase maior na atuação preventiva e comunitária — elementos centrais do modelo adotado no Brasil.
*Com informações do Correio Braziliense
Leia mais: Comitê recomenda suspensão de parlamentares Māori na Nova Zelândia por haka durante sessão