Neste domingo (25), o médico Samir Xaud foi oficialmente eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com mandato válido até 2029. A eleição foi marcada pelo forte apoio que o roraimense recebeu de 25 federações estaduais, o que inviabilizou a formação de outras chapas concorrentes, uma vez que o estatuto exige ao menos oito assinaturas para formalizar uma candidatura.
Na votação, Xaud obteve 103 dos 141 votos possíveis, não repetindo a unanimidade da eleição anterior, mas assegurando uma vitória sólida. Ele sucede Ednaldo Rodrigues, afastado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) por suspeitas de fraude relacionada à assinatura do coronel Antônio Carlos Nunes de Lima em um acordo judicial.
A chapa vencedora contou com o apoio de 10 clubes, incluindo tradicionais nomes da Série A como Botafogo, Grêmio, Palmeiras e Vasco. Além deles, times da Série B como Amazonas, CRB, Criciúma, Paysandu e Volta Redonda também endossaram a candidatura de Xaud.
Do outro lado, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), reuniu o apoio de 30 clubes que assinaram um manifesto com diversas demandas à CBF. Bastos tentou, sem sucesso, promover uma abstenção em massa como forma de resistência à condução do processo eleitoral.
Além de Samir Xaud, a nova gestão contará com importantes nomes na vice-presidência, entre eles Flavio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que deverá assumir a função de CEO da entidade. Integram ainda a diretoria: Michelle Ramalho, José Vanildo, Ricardo Paul, Ednailson Rozenha, Rubens Angelloti, Fernando Sarney e Gustavo Dias Henrique.
Vale destacar que três desses vice-presidentes já haviam sido eleitos em abril para o mandato de 2026 a 2030 e agora farão parte também da administração 2025-2029, garantindo uma combinação entre continuidade e renovação na condução da CBF.
