Um inquérito instaurado em 2023 contra o ministro da Casa Civil, Rui Costa, voltou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana, sob a relatoria do ministro Flávio Dino.
O processo, encaminhado pela Justiça Federal da Bahia, investiga supostos desvios relacionados à compra de 300 respiradores para o combate à Covid-19, ao custo de R$ 48 milhões. Os equipamentos, no entanto, jamais foram entregues.
Embora o Tribunal de Contas da União (TCU) tenha analisado o caso neste ano e isentado Rui Costa de qualquer responsabilidade — à época, ele ocupava o cargo de governador da Bahia e presidia o Consórcio Nordeste —, a investigação criminal segue sem conclusão.
A tramitação do caso foi afetada pelas sucessivas mudanças nas regras do foro privilegiado, que fizeram o inquérito passar por diversas instâncias até retornar ao STF. Agora, caberá ao ministro Flávio Dino — ex-colega de Rui Costa no governo, onde atuou como ministro da Justiça e Segurança Pública antes de assumir o STF — decidir os próximos passos da apuração.
Procurada, a assessoria de Rui Costa não se manifestou sobre o caso.