quarta-feira, junho 18, 2025
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Levantamento aponta bairros de Manaus com maior risco de surtos de dengue

Os dados são provenientes do monitoramento permanente das doenças transmitidas pelo Aedes, que prepara a realização de mais um Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa)

Manaus registrou 712 casos confirmados de dengue entre janeiro e 16 de junho deste ano, o que representa uma redução de 73% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram confirmados 2.325 casos da doença. Os dados são provenientes do monitoramento permanente das doenças transmitidas pelo Aedes, que prepara a realização de mais um Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa).

O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, Alciles Comape, explica que o LIRAa aponta as áreas da cidade com maior risco para surtos de dengue, zika e chikungunya. Nesses locais, as equipes técnicas intensificam as ações de controle do mosquito Aedes aegypti para prevenção das arboviroses.

O primeiro LIRAa de 2025, realizado em março, indicou que o município apresenta médio risco para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, cenário mantido em Manaus desde 2012.

Com base no LIRAa, são realizadas visitas domiciliares em pontos mais vulneráveis, com ações de educação em saúde, bloqueio mecânico e químico, eliminação ou tratamento de depósitos que favorecem a proliferação do mosquito, além da aplicação de inseticidas para eliminar o mosquito adulto, especialmente nos locais com registros de casos suspeitos.

O LIRAa é realizado periodicamente para levantar o índice de infestação do Aedes aegypti a partir da vistoria de imóveis selecionados por amostragem nos 63 bairros da cidade. O resultado pode indicar risco baixo, médio (entre 1,0 e 3,9) ou alto.

Durante as vistorias, agentes de saúde identificam, eliminam e tratam criadouros do mosquito, realizam ações de educação em saúde e coletam larvas para análise laboratorial da espécie. Também identificam os tipos predominantes de depósitos que podem servir de criadouros.

No levantamento de março de 2025, foram vistoriados 26.334 imóveis em todos os bairros, com a participação de 284 profissionais, obtendo índice médio de infestação de 2,2%. Por zona urbana, os índices foram: Oeste, 3,6%; Leste, 2,9%; Sul, 1,6%; e Norte, 1,3%.

Esses dados foram cruzados com informações sobre casos notificados de doenças transmitidas pelo Aedes, resultando em um Mapa de Vulnerabilidade que identifica bairros prioritários para intensificação das ações de controle do mosquito.

Foram apontados 22 bairros em alta vulnerabilidade para surtos e epidemias, distribuídos pelas zonas Sul, Oeste e Norte, incluindo Japiim, Parque 10, Presidente Vargas, Tarumã, Santo Agostinho, Cidade Nova, entre outros.

Na categoria de média vulnerabilidade, estão bairros como Cachoeirinha, Aleixo, Praça 14, Tarumã Açú, Ponta Negra, Cidade de Deus, Novo Aleixo, entre outros. Oito bairros foram classificados com baixa vulnerabilidade, entre eles Vila Buriti, Chapada e Adrianópolis.

Também foi realizado o levantamento do Índice Breteau (IB), que indica o percentual de depósitos com focos do mosquito, apresentando índice de 3%. Os tipos de depósito que mais contribuem para a proliferação do Aedes aegypti são os recipientes do tipo lixo (garrafas, latas, ferro velho), representando 33,7% do total. Em seguida, aparecem depósitos móveis como vasos, pratos e bebedouros (30,3%), e depósitos usados para armazenamento de água no nível do solo, como tambores e tonéis (19,8%).

Anteriormente realizados duas vezes por ano, os levantamentos do LIRAa passarão a ser feitos mais de duas vezes em 2025, com a próxima edição prevista para iniciar no dia 30 de junho.

*Com informações da assessoria

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