O cofundador da Microsoft Bill Gates, segundo homem mais rico do mundo, Bill Gates, afirmou que é favorável aos atuais esforços de isolamento social para impedir o avanço da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Se ele fosse um chefe de estado, priorizaria essa estratégia para “achatar a curva” de contágio da pandemia.
“A mensagem clara seria que não temos escolha a não ser continuar com esse isolamento”, disse Gates em entrevista por vídeo no site do TED. “Na China, foram seis semanas. Portanto, temos de nos preparar para fazer isso e fazer isso bem.”
A estratégia, apesar de defendida por epidemiologistas, tem sido questionada por chefes de Estado como Donald Trump, nos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro, no Brasil. Eles argumentam que as perdas econômicas podem causar danos piores do que a doença. Gates discorda.
Gates mora em Medina, na região metropolitana de Seattle. A capital do estado de Washington foi fortemente afetada pela pandemia e foi onde os primeiros casos do coronavírus nos Estados Unidos foram registrados. Se fosse um país, segundo a Universidade John Hopkins, a região seria a 13ª com maior mortalidade do mundo: foram 100 vítimas de covid-19 até agora.
No começo do mês de março, Gates se juntou com a Mastercard para lançar um fundo de US$125 milhões com o objetivo de acelerar as pesquisas para produzir tratamentos e vacinas contra a doença.
Em busca de Vacina
Melinda Gates é mais conhecida por sua Fundação Bill & Melinda Gates, uma instituição filantrópica que lidera junto ao marido e que já fez aportes que totalizam 45 bilhões de dólares, incluindo para projetos de vacinas contra o ebola e o novo coronavírus, causador da doença covid-19.
Em entrevista ao site americano Business Insider, Gates estima que uma vacina contra o novo coronavírus será criada dentro de 18 meses. O tempo de desenvolvimento é parecido com o da vacina contra o vírus ebola. Gates acredita que pesquisadores encontrarão uma fórmula para uma vacina contra o coronavírus, apesar de reconhecer ser possível que ela não possa ser criada.
“Nós encontramos uma vacina para o ebola, certo? E fizemos isso em cerca de 18 meses, e foi difícil. Quando eu vejo a comunidade científica se unindo do jeito como acontece hoje no mundo todo e compartilhando dados e informações, acredito que teremos uma vacina”, afirma.
Gates acredita que a aplicação das vacinas deve ser prioritariamente para profissionais de saúde, que estão na linha de frente do atendimento de pacientes infectados; depois, pessoas do grupo de risco, como idosos e pessoas com doenças pré-existentes; e só então a vacina deve ser oferecida a todas as nações, de forma igualitária.
A executiva afirma que vamos enfrentar outras pandemias como essa no futuro e que a do covid-19 não deve ser a única do século e que os países precisam se preparar para uma possível segunda onda de contágios pelo novo coronavírus em países do hemisfério norte, que entram no outono a partir do mês de outubro. Para enfrentar isso, seria necessário que todos tivessem um grande número de testes rápidos para identificar os indivíduos contagiados, isolá-los e, assim, conter o avanço da disseminação do vírus.
- Fote: Revista Época Negócios- https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2020/03/bill-gates-revela-o-que-faria-para-combater-pandemia-de-coronavirus-se-fosse-um-chefe-de-estado.html
- Exame Brasil – https://exame.abril.com.br/ciencia/melinda-gates-estima-quando-teremos-vacina-contra-coronavirus/
- Imagem: Divulgação.