Durante este sábado (16), Rafael Fernandes Rodrigues, 31, chegou a sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros.
E confessou à polícia ser o autor do assassinato da Miss Manicoré, Kimberly Karen Mota, 22.
“Ele estava no seu apartamento com Kimberly. Quando a moça foi ao banheiro, ele pegou o celular dela e leu algumas mensagens que não o agradaram. Rafael foi até a cozinha, pegou uma faca, colocou nas costas e deitou na cama. Ele esperou que Kimberly também deitasse para acertar a primeira facada no pescoço dela. Depois desferiu mais uma facada no mesmo local e a terceira, no tórax”, explicou o delegado.
Rafael contou aos policiais, em depoimento, que na terceira facada ele viu que Kimberly já estava morta.
“Após matá-la, Rafael levou o corpo de Kimberly até o banheiro, deu um banho na vítima para tentar retirar o sangue. Tentou vestir outra roupa na jovem, na intenção de esconder o corpo da vítima. Como não conseguiu, ele então trocou de roupa e foi embora no seu carro. O celular da vítima ele disse que jogou em uma área de mata durante a fuga”, completou o delegado.
Rafael contou que pretendia fugir para a Venezuela e se refugiar no país vizinho, que segundo ele está uma bagunça, sendo mais fácil se esconder por lá.
“Ele tentou passar pela fronteira da Venezuela uma vez, mas por conta da pandemia do coronavírus, foi impedido de passar. Depois, conheceu uns venezuelanos que o levaram até uma barreira sanitária, mas novamente foi impedido de passar. Quando voltava, foi ameaçado de morte por esses venezuelanos e teve que pagar mais de R$1mil para que não o matassem”, finalizou.
Ainda de acordo com o delegado Paulo Martins, após o assassinato, Rafael ligou para o pai, em São Paulo, que pediu para que ele se entregasse à polícia, o que não foi acatado por Rafael. O pai, após saber da repercussão que o caso havia tomado, cometeu suicídio na noite da última quinta-feira (14), ao se jogar na frente de um trêm do metrô, Rafael ficou sabendo da morte do pai somente após ter sido preso no Estado de Roraima.