A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas se prepara para um novo ’round’ na briga política que tem sido travada com o presidente da casa, deputado Josué Neto (PRTB), e os demais membros da oposição.
Trata-se da votação do veto total do governador Wilson Lima (PSC) ao projeto de lei 153/2020, que regulamenta o mercado do gás natural do Estado e que entrará na pauta da próxima quarta-feira, 27, do Legislativo estadual.
“Não existe nenhuma orientação porque esse não é um projeto de governo. Então cada deputado vai voltar conforme a sua consciência pessoal. Tem muitas divergências sobre esse projeto. Tem deputados que apóia. Tem deputados que não concordam da forma como foi colocado esse projeto. Não é um projeto simples é complexo e interfere em todo o mercado de gás no Estado, cada um está estudando juntamente com a sua assessoria o impacto disso e o que pode trazer de bom ou de ruim”, concluiu.
Mas, para Dermilson Chagas (Podemos), que integra a ala da oposição na casa, o discurso dos governistas são apenas “cartas marcadas” e que eles vão votar “contra a população do Amazonas e a geração de empregos, mantendo o veto total do projeto”.
“Já está tudo combinado isso é tudo cartas marcadas. Primeiramente para derrubar o veto do governador você precisa de maioria, senão tiver, não derruba. O segundo passo dentro desse processo seria a quebra do monopólio que é um bom sinal e uma garantia que vai ter concorrência com disputa no mercado e várias empresas se instalando, gerando empregos e impostos para o Estado. É a oportunidade de uma nova matriz econômica para o Amazonas”, salientou.
Para o deputado, se a lei passar ela concretiza uma independência econômica aos municípios que vivem de repasses constitucionais e de melhores condições de vida à população do interior.
“O que esperamos é que os deputados se conscientizem da importância que esse projeto de lei é para o Estado do Amazonas.”, alfinetou.
Conforme entrevista concedida por Josué à revista Veja, ele afiançou que vai colocar em pauta na próxima quarta-feira, 27, a votação do veto total do governo à lei do gás.