O capitão Rodrigo Medeiros Boaventura, que responde na Justiça pelo homicídio de Claudia Silva Ferreira, arrastada por uma viatura da PM por 350 metros na Zona Norte do Rio, investiga mortes cometidas por policiais em operações.
Seis anos após o crime, o oficial está lotado no 41º BPM (Irajá), um dos batalhões do estado cujos agentes mais matam em serviço, e desempenha funções na área correcional.
O capitão também foi considerado apto, pela própria PM, para julgar policiais acusados de crimes militares na Justiça. Contudo o nome de Boaventura integra uma lista de oficiais encaminhada pela corporação à Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Rio para fazer parte do Conselho Especial de Justiça.
A investigação ainda está em andamento.
A PM alega que “não há qualquer condenação transitada em julgado contra o oficial, razão pela qual, baseado no princípio da presunção da inocência previsto na Constituição do país, ele está apto a exercer funções na área correcional”.
O capitão Boaventura era tenente quando Claudia foi morta e arrastada pela Estrada Intendente Magalhães. Até hoje, Boaventura — apesar de ter permanecido algumas semanas preso pelo crime à época — nunca foi sequer punido administrativamente pela PM pelo crime.
- Fonte: Extra.globo.com
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