O comitê técnico do Ministério da Saúde fez dois alertas importantes nas últimas semanas: um sobre a compra de cloroquina, outro sobre a falta de remédios nas UTIs. E o ministro interino Eduardo Pazuello ignorou os dois.
Com apenas dez dias no cargo de ministro – e em caráter interino -, Eduardo Pazuello já havia mudado o protocolo do Ministério para permitir a prescrição de cloroquina até para pacientes com sintomas leves da Covid-19, como queria o presidente Jair Bolsonaro.
A ata da reunião revela que o governo decidiu trazer 3 toneladas de insumo farmacêutico ativo para o Brasil. Mas logo abaixo, no mesmo documento, os técnicos alertaram: “Devido à atual situação, não é aconselhável trazer uma quantidade muito grande, pois, caso o protocolo venha a mudar, podemos ficar com um número em estoque parado para prestar contas”. Mesmo assim, o governo manteve os planos.
De acordo com a ata de outra reunião, em 3 de julho, pouco mais de um mês depois, o Ministério da Saúde já tinha mais de 4 milhões de comprimidos de cloroquina em estoque. O documento seguiu afirmando, que “alguns estados não quiseram receber a cloroquina, com isso ficou em estoque para devolução mais de 1,4 milhão comprimidos”.
- Fonte: Agência Brasil.
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