Na noite desta segunda-feira (05), no bairro Coroado, Zona Leste de Manaus, moradores encontraram um jacaré morto com marcas de agressão em sua cabeça, jogado na rua da Avenida Beira Mar, em meio ao lixo.
Não se sabe as causas de sua morte morte ou como ele foi parar ali. Contudo, a suspeita de alguns moradores é de que o jacaré tenha sido morto a pauladas e abandonado naquele lugar.
De acordo com Jamerson Freitas, de 23 anos, que passeava pelo local com o filho quando avistou o animal, o autônomo acredita que o jacaré vivia em um igarapé próximo à via, e, após a chuva que atingiu a cidade neste domingo (04), ele tenha subido para a superfície.
“A gente vê muitos jacarés por aqui. Eles vivem no igarapé, mas eles não saem de lá, até porque tem uma grade. Teve a chuva ontem, ele deve ter vindo pra cá. Alguém pegou e matou o bicho”, disse Freitas.
A autônoma Michele Cardoso, de 35 anos, também andava pela Avenida, quando se assustou ao ver o jacaré na calçada e achar que ele estava vivo. Segundo ela, na última semana, ela também já havia visto um jacaré no igarapé que passa pela Avenida.
“Eu vinha andando e, quando olhei, ele tava bem perto, mas depois da grade, na semana passada. Ele era grande também. Quando foi hoje, vimos esse aqui morto”, comentou a autônoma.
Ainda segundo Cardoso, ela disse achar perigoso os jacarés que costumam viver no igarapé ficarem próximos de pessoas que passam pela Avenida.
“É arriscado. Tem crianças que brincam por aqui e tudo mais, mas tem muitos jacarés que aparecem aqui pelo igarapé de vez em quando”, finalizou.
Segundo o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a polícia não atuaria na remoção do jacaré em virtude do mesmo já se encontrar morto. O Batalhão informou ainda que atuam em casos de crimes ambientais em flagrante e resgate de animais silvestres.
Nesse caso, a orientação recebida pelos moradores foi a de que deveriam fazer a retirada do corpo e que enterrassem o animal.
De acordo com pesquisadores que estudam essas populações de jacaré, atualmente, as espécies não correm risco de extinção, mas sofrem ameaças com relação ao seu habitat. O descontrole da urbanização, a mineração, a atividade de usinas hidrelétricas, a poluição das águas e o aumento do desmatamento são citados como fatores de risco.
- Fonte: G1
- Imagem: Patrick Marques
