Na última quarta-feira (14), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que, por conta do aumento nos casos da Covid-19 e internações no Amazonas, é necessário que sejam adotadas medidas para impedir contatos efetivos, entre elas, a vigilância de casos e de óbitos e o aumento na testagem.
A instituição fez a recomendação na segunda nota técnica emitida sobre a situação epidemiológica do estado.
De acordo com informações divulgadas pela Fiocruz, o padrão de comportamento das curvas epidêmicas e a visão cronológica e espacial evidenciam a difusão da epidemia, da força de transmissão e da efetividade das medidas de intervenção para o controle e perspectivas futuras desses territórios.
O Amazonas viveu a primeira onda de Covid-19 entre os meses de abril e maio. Nesse período, o sistema público de saúde da capital chegou a entrar em colapso, assim como o sistema funerário, que superou a média histórica de enterros diários.
Até a última quarta-feira (14), o Amazonas registrava mais de 148 mil infectados, e mais de 4,2 mil mortes pela doença, segundo informações do boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM).
De acordo com a Fiocruz, a partir das últimas semanas epidemiológicas, o Estado vive uma tendência de crescimento do número de casos e de internações hospitalares, em decorrência do relaxamento das medidas de contenção no processo de evolução da epidemia causada pelo novo coronavírus.
“A busca da maior adesão da população as medidas de contenção como a prática do distanciamento social, isolamento de sintomáticos, investigação e monitoramento de contatos, uso de máscaras, higienização das mãos, devem ser estimuladas de forma contínua e incorporada como hábitos em nossa população”, diz um trecho da nota técnica.
Durante coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (14), também foi alertado pelo Governo do Amazonas sobre o aumento dos casos e internação. Novos casos de Covid-19 voltaram a crescer em 48% dos municípios do Amazonas, entre a última semana de setembro e a primeira semana de outubro.
O aumento também está refletindo na alta de hospitalizações pela doença, principalmente em Manaus. Segundo o governo, atividades de campanha política e aglomerações em ambientes recreativos são os principais fatores da alta, mas novas medidas de restrição não foram anunciadas.
- Fonte: G1
- Imagem: Euzivaldo Queiroz