Nesta terça-feira (02), através de sua conta no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil pode sofrer “uma decisiva interferência externa” com o objetivo de influenciar a eleição presidencial de 2022.
O presidente aproveitou a eleição presidencial nos Estados Unidos, que ocorrerá nesta terça-feira, para apontar riscos de ingerência de potências estrangeiras no Brasil.
“É inegável que as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial, por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais. Até por isso, no campo das informações, há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências no resultado final das urnas”, escreveu o presidente.
“No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando as eleições de 2022”, acrescentou.
O presidente também deu indícios de que resultados eleitorais que deram vitórias a candidatos de esquerda na América do Sul aconteceram por causa de ingerências externas. Além disso, voltou a apontar o que afirma ser uma cobiça internacional sobre a Amazônia.
“Não se trata apenas do Brasil. Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem, a América do Sul está caminhando para a esquerda”, afirmou.
“Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia.”
O atual presidente dos EUA, Donald Trump, questionou por várias vezes a votação através de correios nos EUA, ao afirmar, sem apresentar provas, que ela é sujeita a fraudes, e indicou que pode judicializar o resultado da eleição.
Bolsonaro questionou anteriormente, a lisura da votação eletrônica no Brasil e afirmou ter provas, também nunca apresentadas, de fraude na eleição presidencial de 2018 que, de acordo com ele, o impediram de vencer no primeiro turno.
- Fonte: Terra
- Imagem: Divulgação/UOL