sexta-feira, novembro 22, 2024

Política – Prefeito repercute eleições dos EUA e seus possíveis impactos na Amazônia.

O prefeito Arthur Neto avaliou a vitória de Joe Biden como o 46º presidente dos Estados Unidos e sua consequência para a Amazônia, através de um artigo publicado na coluna do jornalista Ricardo Noblat no site da Veja.

Arthur afirmou que a eleição do democrata é uma vitória da democracia e que isso irá se refletir no mundo.

“Então, considero que a vitória de Biden sobre [o republicano Donald] Trump é a vitória da democracia contra o autoritarismo, da inteligência contra o obscurantismo, da razão contra a loucura, do bom senso contra a demência, uma vitória que prenuncia, enfim, muitas mudanças em muitos países, pela própria influência que os Estados Unidos da América exercem sobre o mundo, inclusive no Brasil”, escreveu o prefeito no artigo divulgado neste domingo (08).

No decorrer do artigo, o prefeito alertou sobre mudanças, em ênfase na área ambiental, com a eleição do novo presidente americano.

“Temos um compromisso com a luta contra o aquecimento global. Precisamos, então, da floresta em pé para cumprirmos o que foi decidido, em 2015, na conferência de Paris”, relacionou, referindo-se à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, ocorrida na França.

Foi destacado pelo prefeito que Biden mostrou a intenção de mobilizar o mundo em favor da preservação da Amazônia, região que Arthur Neto considera como a mais estratégica do Brasil e que “assim deveria ser entendida por todos os brasileiros”.

Além disso, foi criticada a política ambiental do governo federal, segundo ele, “supostamente dirigida” pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “que deveria ter sido demitido há muito tempo” e condenou o agronegócio e garimpo na região: “essas atividades, definitivamente, não servem para nós”.

“Se a floresta é destruída porque preferem o agronegócio, como fizeram no sul do Pará, liquidando grande parte da floresta, para nós não tem o menor interesse, porque significa o esvaziamento e o empobrecimento dos nossos rios, por consequência a floresta vai deixar de gerar as nuvens que fazem os rios voadores banharem de chuva o Nordeste, o Sudeste, a Argentina e o Uruguai, por exemplo. Deixaríamos de oferecer, talvez, o maior contributo dentre todos que contribuem para o aquecimento global se dar nos parâmetros previstos pela conferência de 2015”, advertiu Arthur.

Em contrapartida foram apresentadas soluções para a região amazônica que poderiam ser feitas de forma sustentável e que teriam contribuição para a economia brasileira.

“Nós temos a certeza de que a grande prosperidade da Amazônia, do Amazonas, de Manaus e de grande parte ou de todo o Brasil, diria, está na exploração do banco genético mais rico do mundo presente na nossa região. É explorar e desenvolver uma indústria de biodiversidade, rentável e capaz de realmente distribuir riqueza, gerar empregos e nos transplantar para a economia 4.0, inclusive”, sugeriu.

Foi elucidado que é preciso deixar clara a soberania nacional, diante do risco da Amazônia brasileira sofrer uma intervenção pela “investida que tantos querem há tanto tempo”.

“Na realidade, só há uma forma de garantir a soberania brasileira sobre a Amazônia: é fazendo uma boa governança sobre a região e em consonância com os anseios de um povo, e de nações espalhadas pelo mundo inteiro, que tem interesse em não ver a terra se tornar, pelo aquecimento global, um local impossível de se conservar a vida humana”, concluiu.


  • Fonte: Semcom
  • Imagem: Alex Pazuello / Arquivo Semcom

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