Nesta quinta-feira (12), foi anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que em caso de uma segunda onda do novo coronavírus no Brasil, “será uma certeza” a prorrogação dos pagamentos do auxílio emergencial aos cidadãos.
De acordo com o ministro, esse não é o plano principal do Governo, porém será uma medida para “reagir” a esse possível acontecimento.
O auxílio emergencial tem o propósito de amenizar as perdas de trabalhadores informais afetados pela pandemia. Os pagamentos foram iniciados em maio e tinham a previsão de perdurarem até julho.
O benefício foi prorrogado duas vezes, uma em setembro e outra até dezembro. O valor era de R$ 600 no início da pandemia, mas passou para R$ 300 nas últimas parcelas.
“Existe possibilidade de haver uma prorrogação do auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo. Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”, disse Guedes em evento.
Durante o evento, foi abordado pelo ministro, as estratégias e desafios para a economia nos próximos meses. Conforme informado por ele, o governo terá gastado ao final de 2020 mais de R$ 600 bilhões, ou 10% do PIB, para auxiliar os desassistidos e combater os efeitos da pandemia no emprego e na renda.
Guedes disse que, no caso de uma segunda onda, a experiência adquirida neste ano pode fazer com que eventuais gastos emergenciais sejam de 4% do PIB.
“A pandemia está descendo, o auxílio está descendo junto, e economia voltando. Essa é nossa realidade, nosso plano A. ‘Ah, mas veio uma segunda onda’. Ok, vamos decretar estado de calamidade de novo e vamos nós, de novo, com a experiência que temos agora, recalibrando os instrumentos”, explicou Guedes. “Ao invés de gastar 10% do PIB, como foi neste ano, gastamos 4% [em 2021]”, completou.
- Fonte: G1
- Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil