Na terça-feira (10), quatro pessoas foram presas em flagrante por agentes da Polícia Federal sob suspeita de compra de votos favorável ao candidato à Prefeitura, Ricardo Nicolau (PSD).
De acordo com o delegado federal Fábio Sandro Pessoa, os suspeitos foram presos após apresentarem versões contraditórias acerca da entrega de R$ 80 a pessoas que participavam de uma reunião em uma das salas do Edifício Atrium, localizado no bairro São Francisco, Zona Sul de Manaus.
Rodolfo Vieira de Melo da Costa Pinto, Maria dos Prazeres Maia dos Santos, Márcia da Cruz Gordinho e Victor Ramos de Carvalho foram presos, porém pagaram fiança, foram liberados e devem responder em liberdade.
Após denúncia, as equipes da polícia federal foram até o prédio e abordaram pessoass na entrada, que disseram terem recebido lanche e um envelope contendo R$ 80. Após isso, os policiais foram até a sala em que estava sendo realizada a reunião e encontraram as quatro pessoas que foram presas.
Segundo eles, o dinheiro foi distribuído como forma de agradecimento pelas pessoas terem comparecido ao evento. quatro foram presos em flagrante por crime eleitoral, compra de votos e corrupção eleitoral.
“Tendo em vista a situação flagrancial, a equipe iniciou uma vistoria nas dependências na citada sala, logrando êxito em encontrar planilhas com relação de nomes, documentos, talonários de notas, sem datas, com descrições de itens de pequeno valor, caderneta com rascunhos relativos à campanha do candidato Ricardo Nicolau (essa caderneta especificamente foi encontrada na mochila de Vito)”, consta depoimento feito pelo delegado à PF.
Em um primeiro momento, os suspeitos negaram trabalhar para o candidato a prefeito, depois confirmaram a especulação.
De acordo com as pessoas que receberam o envelope, eles estavam ali por conta de uma indicação de “conhecido” ou foram recrutados por mensagem de celular. Essas informações são contrárias às afirmadas por Márcia e Rodolfo de que as pessoas foram escolhidas de forma aleatória após abordagem na rua.
Rodolfo confirmou o pagamento de R$ 80 “para cada participante da reunião, após estes assistirem a propaganda gratuita eleitoral veiculada na televisão”.
Segundo uma nota divulgada pela coligação ‘Pra Voltar a Acreditar’, é repudiada “a criminalização do trabalho de um instituto de pesquisa. Como é prática mundial, nas pesquisas qualitativas não há indução e muito menos pedido de votos”.
Além disso, a coligação “rechaça e repudia a confusão de que foi vítima e informa que está atuando junto à Justiça Eleitoral e à Polícia Federal a fim de restabelecer a verdade e evitar que essa ação anônima siga tentando macular a credibilidade e idoneidade de nossa campanha”.
- Fonte: D24am
- Imagem: Divulgação
