sexta-feira, novembro 22, 2024

Saúde – Amazonas possui oito linhagens do novo coronavírus em circulação.

Nesta segunda-feira (16), foi informado pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) um estudo mostrando que existem oito linhagens do novo coronavírus circulando no Amazonas, que sugerindo oito introduções do SARS-CoV-2. No mês de julho, apenas três linhagens foram identificadas.

Conforme informado pela Fiocruz Amazônia, os pesquisadores sequenciaram 79 genomas da Covid-19 desde o primeiro caso no Amazonas, ocorrido em março.

Os dados foram coletados a partir de amostras obtidas na capital, em Anori, Autazes, Careiro, Iranduba, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaquiri, Manicoré, Maués, Nova Olinda do Norte, Parintins, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, e Tabatinga.

Quatro linhagens identificadas são inéditas, isto é, não haviam sido sequenciadas no Brasil.

“As quatro novas linhagens identificadas são a B.1.107; B.1.111; B.1.1.2; e B.1.35 que circularam na Dinamarca, Colômbia, Reino Unido e País de Gales, respectivamente. Com essas, sobem para 30 o número de linhagens encontradas no Brasil”, informou o Instituto.

Segundo Felipe Naveca, vice-diretor de Pesquisa e Inovação do ILMD/Fiocruz Amazônia, o estudo conclui a entrada do vírus pelo menos oito vezes no estado entre março e início de junho, tendo diferentes origens.

“As proporções em que encontramos as linhagens aqui foram diferentes do Sudeste do país, mostrando uma diferença no padrão epidemiológico aqui no Amazonas. As origens mais prováveis não são as mesmas das maiorias das amostras no Sudeste”, disse.

A partir da diferença entre as linhagens, pode ser identificado por onde os vírus circularam e como se deram as suas dispersões. Além da realização de protocolos de diagnóstico através do sequenciamento.

“Os dados do sequenciamento nos ajudam também a verificar se há a necessidade de ajustes nos protocolos de diagnóstico, por exemplo, se aqui o vírus acumulou alguma mutação que leve a um resultado falso-negativo”, informou.

Ainda de acordo com ele, os protocolos utilizados foram desenvolvidos em outros países, como China, EUA e Alemanha, levando em consideração o que se sabia da variabilidade viral naquele momento.


  • Fonte: G1
  • Imagem: KENA BETANCUR / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP / CP

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