A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) divulgou uma “carta aberta” na noite desta quinta-feira. O texto realça a independência do órgão —”a agência não serve aos interesses de governos”—, refuta interferências externas —”o trabalho técnico está acima de qualquer pressão”—, e reconhece a excepcionalidade do momento —foi criado um comitê “para se dedicar exclusivamente à análise dos pacotes de dados contidos nos pedidos de registro e de autorização para uso emergencial das vacinas contra a Covid-19.”
A carta veio à luz no final de uma semana em que a corrida por vacinas virou uma disputa política e que dizem trabalhar com critérios científicos e independentes.
A agência frisa que a autorização para uso emergencial de vacinas tem caracter temporário e é “restrita a público previamente definido”, não substituindo de forma alguma o registro sanitário, que é exigido antes que qualquer medicamento ou vacina possa ser comercializado e utilizado em larga escala no Brasil.
E nesta sexta-feira (11/12), a Anvisa encerrou o processo de inspeção presencial na China, na empresa Wuxi Biologics Co. Ltd. (fabricante dos insumos biológicos ativos utilizados pela Fiocruz na produção da vacina da AstraZeneca/Oxford).
A atividade, que teve como objetivo verificar as Boas Práticas de Fabricação da referida empresa, foi finalizada por volta das 4h da madrugada de hoje (horário de Brasília), ou seja, às 15h em Pequim.
É importante esclarecer que a conclusão do processo de certificação ocorrerá com a emissão do Relatório de Inspeção pela equipe de inspetores designados pela Anvisa, após a apresentação de informações adicionais decorrentes da inspeção, a serem enviadas pela Fiocruz.
A previsão é de que a decisão final quanto à Certificação em Boas Práticas de Fabricação seja tomada entre a primeira e segunda semana de janeiro. Ressalta-se que o processo de inspeção na Wuxi Biologics Co. Ltd. foi realizado no período de 7 a 11 de dezembro.
- Fonte: ANVISA
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