sábado, outubro 5, 2024

Saúde – Cientista Jesem Orellana pede que Estado não espere pela vacina do Ministério da Saúde.

O cientista da Fiocruz/Amazônia, Jesem Orelana, especialista em epidemias, pediu (30/12) que o governador não espere pela vacina do Ministério da Saúde e, embora com atraso, o Estado tome uma medida efetiva para conseguir sua própria vacina.

“O Amazonas deveria ser o primeiro Estado do Brasil a procurar, desesperadamente, por uma vacina, por sua incapacidade, por sua falta de condição de operacionalizar um plano de controle ou mitigação na pandemia. Dizer que vamos esperar pelo governo federal informar que não vai mandar as vacinas para depois tomar uma decisão é você cometer duplo atraso”, afirmou o epidemiologista, em entrevista.

Orellana avaliou que, diante do quadro atual, o Estado não tem como conseguir controlar os efeitos da pandemia sobre os indicadores de adoecimento e mortandade, porque não há o apoio da população, e por não ter sido feito um trabalho de conscientização lá atrás, em março.

No estudo desenvolvido pela Fiocruz, o Amazonas, especialmente Manaus, está mergulhado no segundo pico da segunda onda da pandemia. A pesquisa apresenta dados de que o primeiro pico, da segunda onda, aconteceu em outubro.

“Diante do cenário que se apresenta, temos que pensar em soluções de curto prazo. Não tem como você acreditar que a estrutura médico hospitalar, as estratégias de controle da pandemia do Estado do Amazonas, especialmente em Manaus, e a adesão da população com o uso de máscaras, higienização e distanciamento físico social, mudem milagrosamente de uma hora para outra. Isso não vai acontecer. A solução é a vacina”, assegurou.

Orellana citou como exemplos, a liderança do governador de São Paulo, João Doria, que não esperou pelo governo Bolsonaro e também os chefes de Estados de outros países que entraram na vanguarda para imunizar suas populações contra o coronavírus.

“Parece que estamos repetindo os mesmos erros da primeira onda. Estamos deixando para intervir depois da explosão da curva de contágio viral – no Natal e Ano Novo -, depois que a rede hospitalar saturou e depois que o número de mortes deu uma forte disparada, o que inclui também óbitos fora do ambiente hospitalar. Uma pena, pois alertamos, incansavelmente […]”, concluiu Jesem Orellana.

 


  • Fonte: Portal da Amazônia.
  • Imagem: Divulgação.

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