Nesta segunda-feira (04), a representante do ministério da Saúde, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES-MS), Mayra Pinheiro, acompanhou as medidas feitas pelo Estado para combater a Covid-19 no Amazonas.
Houve uma reunião online onde a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde no Amazonas (FVS), Rosemary Pinto, afirmou que a lotação nos hospitais particulares está pressionando a rede pública de saúde, visto que todas as unidades privadas estão com os leitos clínicos e UTI ocupados.
“A nossa análise de risco está apontando que nós estamos num nível alto. Portanto, nós saímos da fase vermelha e estamos na fase roxa. Tivemos um crescimento entre novembro e dezembro de 120% do número de casos em Manaus onde passamos de 1.573 casos para 3.452 casos em um crescimento de 47% no número de casos do Estado indo de 3.690 casos no início de novembro para 5.431 no final de dezembro. Hoje nós temos uma média móvel de 700 casos novos todos os dias. Com relação aos óbitos, nós tivemos um crescimento nos últimos 14 dias de 66% na média móvel desses óbitos. Em uma semana passamos de 86 óbitos na penúltima semana para 99 óbitos na semana passada”, afirmou.
Segundo a diretora-presidente da FVS, a ocupação de leitos em Manaus aumentou no setor público e privado, porém, neste último já não há vagas.
“Tivemos um crescimento nos últimos 14 dias de 94% de leitos clínicos ocupados na rede pública e de 163% do número de leitos clínicos ocupados na rede privada. Temos também um crescimento de 59% de necessidade de leitos de UTI na rede pública e 113% na rede privada. Isso quer dizer que na rede privada nós estamos com 100% de ocupação com seus leitos clínicos e de UTI ocupados. Isso leva uma pressão adicional sobre o sistema público uma vez que esses pacientes que não estão tendo acesso na rede privada precisam ser atendidos na rede pública”, enfatizou.
A representante do Ministério da Saúde ressaltou que o órgão continuará no Amazonas enquanto for necessário, somando esforços ao Estado e ao Município ao discutir metas para plano de contingenciamento.
A equipe visitou o hospital Delphina Aziz, e a agenda continua com visitas no 28 de Agosto, Getúlio Vargas, João Lúcio, Platão Araújo e a Cema.
Autoridades estaduais e municipais de saúde expuseram aos representantes do Governo Federal o atual cenário das unidades da rede pública e mostraram as medidas tomadas para conter a doença.
“A ideia é nos reunirmos hoje as comissões técnicas dos três níveis de atenção, e que possamos ver o que podemos decidir juntos em termos de equipamentos, de abertura de novos leitos, de adoção de novas estratégias na atenção primária. Tivemos a manhã inteira de reuniões produtivas num clima objetividade. Estamos analisando a questão das saúde em Manaus e nos outros municípios na atenção primária e secundária que corresponde aos internamentos nos hospitais e leitos na terciária que são os leitos de UTI e estamos juntos buscando num prazo muito curto desenvolver todas as ações que foram necessárias e forem de competência tanto do governo estadual e do governo federal para que não falte equipamentos, nem os leitos funcionando com o efetivo de profissionais que forem necessários para que não falte medicamentos para o tratamento precoce”, afirmou.
O governador destacou a importância do suporte oferecido pelo governo federal neste momento de aumento de casos da Covid-19.
“Eles estão montando uma programação para reunir com as equipes técnicas, tanto do Estado quanto da Prefeitura, para que a gente possa definir alguns protocolos e fluxos, levando em consideração o Plano de Contingência, que é um plano que vem sendo executado desde o pico da pandemia. A equipe que vai ficar permanentemente aqui até que tenhamos uma situação estabilizada no estado do Amazonas”, concluiu.
- Fonte: Secom
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