Em pronunciamento à Rede Amazônica, o secretário Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis, anunciou que não serão realizados enterros em valas comuns em resposta ao aumento de sepultamentos na capital, que teve alta de 80%.
O Cemitério Parque Tarumã, maior cemitério público de Manaus, teve que aderir à medida durante os meses de abril e junho, em virtude do colapso funerário que a cidade passava.
De acordo com Sabá Reis, o cemitério do Tarumã tem 326 estruturas verticais conhecidas como “gavetas”, que ainda não foram utilizadas. Além disso, está previsto que a prefeitura construa mais 22 mil para atender a demanda da população.
“Nós vamos evitar sofrimento maior, dor das pessoas. Aqui não terá vala coletiva, ninguém será sepultado um em cima do outro”, declarou.
O secretário ressaltou que a média mortes vem aumentando diariamente em Manaus.
“Nós não utilizamos nenhuma ainda [covas verticais], até porque culturalmente a nossa população é acostumada em sepultar as pessoas na cova, mas na hora que não tiver mais cova, as pessoas vão ter que entender que será aí mesmo. Além disso, nós temos no crematório de Iranduba, quase 400 procedimentos de cremação, mas as pessoas não querem ser cremadas. É muito raro”, disse.
Ainda conforme o secretário, podem voltar a ser instaladas, dessa vez no cemitério, as câmaras frigoríficas. O objetivo é que caixões sejam colocados nos frigoríficos para serem enterrados no dia seguinte, caso a demanda esteja alta.
“Nós vamos colocar duas ou três câmaras frigoríficas, se precisar que o corpo fique nela pra sepultar no outro dia, não na pressa”, disse.
No ano passado, durante o pico da pandemia, o cemitério teve que realizar enterros noturnos, medida não descartada por Sabá.
- Fonte: Semcom
- Imagem: Bruno Kelly/Reuters