segunda-feira, novembro 25, 2024

Política – Câmara dos deputados dos EUA aprova segundo pedido de impeachment contra Trump.

Nesta quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou o segundo pedido de impeachment contra o presidente Donald Trump. Ele foi considerado culpado de insuflar uma insurreição contra o governo do país.

Faltando uma semana para o fim de seu mandato, o pedido foi aprovado tendo 232 votos favoráveis, 197 contrários e quatro abstensões.

O primeiro processo de impeachment contra o presidente aprovado pela Câmara ocorreu em 2019, porém, Trump foi inocentado depois pelo Senado.

O processo agora segue para o Senado, onde precisará ser aprovado por pelo menos 67 de 100 senadores. Trump só é obrigado a deixar o cargo depois dessa outra votação, que ainda não tem data para acontecer.

O mandato de Trump se encerra na próxima quarta-feira, 20 de janeiro, sendo pouco provável que o impeachment seja aprovado até lá. Entretanto, com a continuação do processo, podem ser retirados direitos políticos do atual chefe de estado, além de impedir que ele volte a disputar a Presidência no futuro.

Nos EUA, o impeachment prevê duas penas: a perda de mandato e a proibição de que o réu volte a ocupar cargos federais, este último a depender de uma votação por maioria simples, no Senado, após a condenação.

O pedido de impeachment leva em consideração o discurso de incitação à insurreição e à violência que motivou a invasão do Congresso americano na semana passada por uma multidão de apoiadores de Trump, que resultou em 5 mortes e dezenas de feridos.

Segundo o pedido de impeachment, Trump “fez, deliberadamente, declarações que encorajaram ações ilegais” e “continuará sendo uma ameaça à segurança nacional, à democracia e à Constituição se for autorizado a permanecer no cargo”.

“Incitados pelo presidente, membros da multidão à qual ele se dirigiu (…) violaram e vandalizaram o Capitólio, feriram e mataram equipes de segurança, ameaçaram membros do Congresso e o vice-presidente e se engajaram em atos violentos, mortais, destrutivos e sediciosos”, diz o documento.

A carta cita ainda falas de Trump, como “se vocês não lutarem para valer, vocês não terão mais um país”, e menciona os esforços dele para subverter a eleição que perdeu, como o telefonema ao secretário de Estado da Geórgia, a quem pediu que “encontrasse votos” para mudar o resultado, além das reiteradas e infundadas declarações de que a vitória de Biden era resultado de uma fraude generalizada no pleito.

“Em tudo isso, o presidente Trump colocou gravemente em perigo a segurança dos EUA e de suas instituições governamentais. Ele ameaçava a integridade do sistema democrático, interferia na transição pacífica de poder e colocava em perigo um braço do governo. Assim, ele traiu sua confiabilidade como presidente, para prejuízo manifesto do povo dos EUA”, diz o texto.

O presidente do Comitê de Regras da Câmara, Jim McGovern, afirmou que durante sua permanência na Casa Branca, Trump representará um perigo para os EUA e acusou o líder republicano de “alimentar a raiva de uma multidão violenta” ao repetir “sua grande mentira de que esta eleição foi um ataque flagrante à democracia”.

“Ele deve ir. Ele é um perigo claro e presente para a nação que amamos”, disse Nancy Pelosi, presidente da Câmara.


  • Fonte: O Estado
  • Imagem: Divulgação

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