Acontece hoje a eleição para escolher quem serão os novos presidentes da Câmara e do Senado. 513 deputados e 81 senadores foram chamados em Brasília para participar de forma presencial a votação, mesmo em meio a pandemia do Coronavírus.
A eleição perpassa por um cenário de crise política, traições partidárias e interferências arbitrárias do presidente Jair Bolsonaro.
Uma verba de R$ 3 bilhões de reais foi concedida para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais. O dinheiro saiu do Ministério do Desenvolvimento Regional. O jornal Estadão teve acesso a uma planilha interna de controle de verbas, até então sigilosa, com os nomes dos parlamentares contemplados com os recursos “extras”.
A hipótese é que Bolsonaro esteja influindo nas eleições para que seu candidato, Arthur Lira, seja eleito. Segundo o próprio presidente, em entrevista concedida na saída do Palácio da Alvorada, “vamos, se Deus quiser, participar, influir na presidência da Câmara”.
Ontem, (31/01), o DEM (Democratas), partido de Rodrigo Maia, decidiu por não apoiar a candidatura de seu apoiado, Balei Rossi. O posicionamento foi aprovado por unanimidade pela executiva nacional do partido.
Rodrigo Maia rebateu afirmando que, se o DEM lhe impusesse uma derrota, poderia, sim, sair do partido e autorizar um dos 59 pedidos de afastamento de Bolsonaro.
O pronunciamento foi feito em uma reunião que ocorreu na casa dele, onde também estavam líderes e dirigentes de partidos de oposição, como o PT, o PC do B e o PSB, além do próprio MDB.
- Fonte: Redação Portal Manaós / Estadão
- Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil