O distanciamento social e os meses de reclusão impactaram negativamente uma boa parcela da população, principalmente para os brasileiros tão acostumados a eventos sociais e afeto. O psiquiatra Vítor Cotovio explica que, de fato, a solidão pode matar.
Segundo ele, para além de afetar a saúde mental, a solidão aumenta o risco de acidentes cerebrovasculares e a descompensação da diabetes, diminui as defesas, afeta o físico.
O psiquiatra explica que algumas pessoas sofrem de “angústia existencial”, umas mais que as outras. “Há um estudo com dados do ano passado do Instituto Ricardo Jorge que também já aponta que sete em cada dez pessoas que viveram este sofrimento pandémico ligado à quarentena têm sofrimento psicológico.” Afirmou Vítor.
Segundo ele nos primeiros oito meses de 2020, venderam-se 6,5 milhões de embalagens de antidepressivos. A crise econômica deste momento, a incerteza da existência no futuro e a incredulidade nas instituições públicas pões em risco as necessidades fisiológicas, a segurança e as necessidades sociais dos indivíduos.
Para Vítor, Países não serão resgatado da crise se não se acudir desde já aos problemas de saúde mental.
Os quadros mais recorrentes nesse período são depressão e ansiedade. “Na ansiedade cabem várias coisas: os ataques de pânico, a perturbação de stress pós-traumático, por se ter vivido uma situação dramática com risco de vida”. Afirmou o psiquiatra.
Onde encontrar ajuda
Os serviços presenciais na rede pública de saúde de Manaus estão suspensos por conta do lockdown. Pensando nisso, a prefeitura lançou o serviço de Apoio Psicológico On-line visando acolhimento e orientação às pessoas que vêm manifestando desconforto e sofrimento emocional.
Basta acessar o site http://apps.semsa.manaus.am.gov.br/psi/
Os atendimentos ocorrem por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, de forma individual e criptografada, o que garante o sigilo e a privacidade dos interlocutores.
- Fonte: público.pt
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