sábado, outubro 5, 2024

Saúde – Especialistas afirmam: Imunização em massa é a via para conter novas variantes do Coronavírus.

O epidemiologista da Fiocruz, Jessem Orellana dissertou em diversas entrevistas sobre as medidas de contenção do Coronavírus e suas possíveis variantes. Segundo ele, no momento, a via de saída da pandemia é a imunização em massa da população, a começar pelo Amazonas, que registra a variante P1 em 91% dos casos.

Os cientistas explicam que o processo de replicação do Coronavírus ocorre apenas quando ele está infectando uma célula. No meio dessa replicação ele pode “errar” e sofrer mutação. Portanto, quanto mais ele se espalha entre pessoas diferentes, mais ele corre o risco de se tornar uma variante, às vezes mais infeciosa.

Isso faz parte do processo evolutivo dos vírus. É comum que eles sofram mutação. Segundo Jessem, a preocupação é que essas variantes são mais infecciosas e, sem as medidas de contenção corretas, elas têm maior facilidade de se alastrar.

Nova variante

O monitoramento genético do vírus é feito pelo pesquisador Felipe Naveca, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), desde o começo da pandemia em março de 2020.
Segundo análises do órgão, em amostras coletadas no período de 1º de novembro de 2020 a 13 de janeiro de 2021, em diferentes municípios do Amazonas, eles encontraram novos dados que apontam à uma variante da P1, a P.1-like.

“A P1-like tem menos mutações do que a P.1 em relação à amostra original de Wuhan, mas é a amostra mais parecida. Ela carreia algumas das principais mutações e pode ser um intermediário evolutivo que chegou até a P.1. A gente ainda não tem certeza disso, mas é muito curioso ver uma única sequência que ficou a mais próxima de todo clado da P.1”, comenta Naveca.

Vacinas

Um estudo da Public Health England, agência ligada ao Ministério da Saúde britânico, afirma que as variantes encontradas no Amazonas e na África do Sul parecem reduzir a eficácia das vacinas, pois as mutações são capazes de driblar a ação de anticorpos.

No entanto, segundo Jessem, não há evidências concretas ou estudos amplos que confirmem a ineficácia da vacina. Para ele, a imunização em massa de 70% da população amazonense ajudaria a conter o avanço do vírus para que a economia do Estado fosse retomada.

“Isso vai reduzir fortemente os gastos desnecessários que estão acontecendo por conta da epidemia. E, sem dúvida, auxiliará a economia a retomar suas atividades e devolverá a felicidade do povo amazonense”

Saúde – Órgãos pressionam o Ministério da Saúde para viabilizar a vacinação na população amazonense.


  • Fonte: Beatriz Trindade – Redação Portal Manaós.
  • Imagem: Divulgação.

 

 

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