quinta-feira, novembro 21, 2024

Manaus – Ativistas da comunidade LGBTQI+ pedem justiça no caso Manuela Otto.

Manuela Otto tinha apenas 25 anos quando teve seus sonhos brutalmente interrompidos na madruga de sábado, 13/02. A atriz foi encontrada morta com um tiro no tórax e o suspeito do crime fugiu do local, derrubando a porta do estacionamento com o carro que dirigia. A polícia ainda não sabe qual a foi a motivação do crime, fato é que, o Brasil é o país que mais registra violência contra pessoas transexuais em todo o mundo.

Manuela era atriz, tinha uma companhia de teatro infantil e era defensora dos direitos de pessoas travestis e transexuais do Amazonas. Ao contrário da realidade de muitas pessoas trans, ela tinha o apoio, respeito e amor de sua família. O caso revoltou a comunidade LGBTQI+

“O caso da Manuela Otto é mais um exemplo de como mesmo na morte pessoas trans são desrespeitadas, não tem seu nome respeitado, não tem sua história respeitada, tem sua vida contada através de fake news usadas para proteger a honra do assassino já que este é aceito na sociedade (homem cis, policial militar etc).” Emilio Félix Sánchez Morón,
Internacionalista.

A impunidade é protegida pelas práticas jurídicas e policiais, denunciando a falta de rigor nas investigações e o completo descaso com a população mais marginalizada do país. Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans em todo o mundo.

“Todos os dias a comunidade LGBTQIA+ (re)existe diante da morte, violência, discurso de ódio e desrespeito a suas diferenças.”

“precisamos avançar cada vez mais nas conquistas de direitos. Compartilho do desejo de justiça sobre esse caso e que não ocorra omissão das autoridades competentes.” afirmou Paulo Trindade, artista visual, licenciado em artes plásticas, ativista dos direitos civis e humanos da população LGBTI+.

“O assassinato de Manuella Otto me deixou bastante triste e reflexiva no que diz respeito aos nossos corpos, nossas vidas. O Brasil é o país que mais mata LGBTS no Mundo, ou seja, é o país que mata violentamente pessoas sem pena, com pitadas de crueldade por conta da sua orientação sexual e identidade de gênero. O resultado disso é a IMPUNIDADE.” disse Naty Veiga, Arte e Cultura LGBTQIAP+

LGBTfobia é crime previsto por lei e está inclusa na Lei do Racismo 7.716/89.

O Portal Manaós se solidariza e pede justiça para a família, amigos, e à comunidade LGBTQI+ diante deste crime brutal e da impunidade que cerca o caso. Nos mantemos contra a propagação de fake news ou qualquer outra informação que possa desmoralizar a memória de Manuela Otto.


  • Fonte: Beatriz Trindade – Redação Portal Manaós
  • Imagem: Divulgação.

 

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