A defensora pública, Carol Braz, foi entrevistada na tarde de ontem (19), pela repórter Erica Barbosa, em um debate sobre a necessidade de antecipar a vacinação do grupo de Pessoas Com Deficiência.
Carol Braz participa ativamente de movimentos socioassistivos na cidade de Manaus. Atua em prol da defesa dos direitos de PCD’s e de seus familiares, além de auxiliar juridicamente a população, com um projeto em suas redes sociais que visa levar informação e conhecimento jurídico em uma linguagem simples.
Vacinação
Em seu discurso, Carol Braz defende não a priorização, pois PCD’S já se enquadram como grupo prioritário, mas a antecipação da vacinação destes, que torna-se ainda mais urgente visto a fragilidade do sistema imunológico deste grupo.
Uma vez que a pandemia da Covid-19 agravou fatores sociais, Carol defende também a inclusão dos familiares que zelam por crianças PCD’S, majoritariamente mães, pois a vacina atualmente distribuída na rede publica de saúde ainda não possui confirmação de eficácia e segurança para uso em crianças e adolescentes. Por quem seus filhos seriam caso elas ficassem doentes?
A defensora ressalta que o estado tem autonomia para alterar ou incluir grupos no PNI (Plano Nacional de Imunização), conforme as suas peculiaridades. No Amazonas, por exemplo, indígenas e ribeirinhos fazem parte do grupo prioritário a ser imunizado, portanto, é necessário que a demanda pela vacinação antecipada dos PCD’S e de suas mães seja levada ao poder executivo para que esse grupo seja prontamente vacinado.
No entanto, existe a problemática que envolve o executivo federal interferindo na produção de vacinas dadas complicadas relações diplomáticas do Brasil com a China, principal exportadora do ingrediente ativo do imunizante AstraZeneca.
Câmara Municipal de Manaus
Carol Braz afirmou estar em contato com o legislativo municipal para sensibilizar os vereadores com a luta pelos PCD’D. Segundo ela, há inclinações por parte dos vereadores para pressionar o governo estadual a alterar o PNI. No entanto, o quantitativo de doses continua sendo um grande empecilho para a aprovação da medida.
Existe também um pedido para criação da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos de PCDS’S no âmbito da CMM, protocolado pelo vereado Rodrigo Guedes. A proposta da Comissão significa um grande passo para a luta dos ativistas.
Movimentos pelos direitos de PCD’S
Atualmente, Carol articula-se com diversos grupos do Movimentos de PCD’S: instituto IAIDAM ( Instituto de Apoio e Inclusão da Pessoa com Deficiência do Amazonas) e o projeto Mão Solidária, o qual também realizou diversas ações solidárias durante o pico da crise sanitária no Amazonas.
Carol conta que o projeto Mão Solidária nasceu através das visitas feitas à mães de pessoas com deficiência, escutando suas vivências, angústias, medos e sensibilizando-se com essas mulheres.
Assista à entrevista completa:
- Fonte: Beatriz Trindade – Redação Portal Manaós
- Imagem: Divulgação