sábado, outubro 5, 2024

Saúde – Especialistas de Fiocruz encontraram mais de 60 variantes do novo Coronavírus no Brasil.

Um grupo de cientistas da Fiocruz está aprimorando as pesquisas sobre o novo Coronavírus para entender melhor seu comportamento e suas mutações. Especialistas de todas as unidades da fundação participam do projeto GISAID para integrar bancos de dados que possibilitam avanços técnico-científicos, munindo o país com conhecimentos para enfrentar melhor a pandemia em termos de diagnóstico mais precisos e vacinas eficazes.

O GISAID é um projeto internacional que já registrou 524 mil sequências genômicas, das quais 3,6 mil foram amostras brasileiras que os pesquisadores da Fiocruz identificaram. Devido a crise sanitária e o surgimento da nova cepa no Brasil, o site da iniciativa passou a disponibilizar dados exclusivos.

“Quanto maior for o investimento na ciência, mais rápidas serão as respostas ao atual e a futuros problemas de saúde pública”, salienta a coordenadora da curadoria da plataforma genômica GISAID no Brasil, a pesquisadora Paola Cristina Resende, do mesmo Laboratório.

Variantes Brasileiras

Segundo os estudos, mais de 60 linhagens do novo Coronavírus já foram identificadas no país. No entanto, os especialistas destacam o predomínio das linhagens B.1.1.33 e B.1.1.28, que apresentam circulação nacional desde março de 2020. A linhagem B.1.1.28 deu origem a duas linhagens que passaram a circular mais recentemente no país, a P.1 e a P.2, denominadas cientificamente de “variantes de preocupação”, ou variant of concern (VOC), na expressão em inglês.

Marilda explica que as variações não necessariamente representam aumento da gravidade ou transmissibilidade da doença, o que ocorre é que o vírus Sars-CoV-2 sofre mutações mais rapidamente que bactérias ou fungos, a cada vez que ele entra em contato com um novo organismo pode ocorrer um pequena mudança no seu material genético.

Nos os últimos meses, a cepa P.2 tem demonstrado crescimento no estado do Rio de Janeiro, assim como em todo o país. No caso da variante que foi encontrada em 91% das amostras no Amazonas, a P1, os estudos indicam que ela sofreu variações nas estruturas que facilitam a infecção em células humanas, causando aumento no número de casos e consequentemente, caos na rede de hospitais que não estava preparada para o surto de Coronavírus.

“É importante lembrar que as linhagens P.1 e P.2 já foram associadas a casos de reinfecção no país. Por isso, é fundamental a continuidade das medidas de prevenção, como a utilização de máscara de proteção, a higienização frequente das mãos e evitar aglomerações”, ressalta Paola. 


  • Fonte: Fiocruz
  • Imagem: Phil Nobel / Reuthers

 

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