O governo venezuelano declarou Isabel Brilhante, embaixadora da União Europeia em Caracas, “persona non grata” e deu 72 horas para que ela deixe o país. O chanceler Jorge Arreaza anunciou nesta quarta-feira (24) sua decisão, após o bloco europeu ter imposto novas sanções contra funcionários venezuelanos, ao que a UE respondeu com um pedido para que o governo venezuelano para revertesse a decisão, pois a mesma só isolaria mais ainda a Venezuela no cenário internacional.
A confusão começou quando 19 funcionários venezuelanos foram acusados de prejudicar a democracia após as eleições parlamentares de 6 de dezembro, denunciadas como fraude pelos maiores partidos políticos opositores. Nessas eleições, Maduro conseguiu 256 das 277 cadeiras do Parlamento, garantindo-lhe amplos poderes sobre seus adversários.
Na terça-feira (23), o novo Parlamento pediu a Maduro a expulsão de Brilhante, que ocupava o cargo de embaixadora da União Europeia desde outubro de 2017. Além disso, também pediu para revisar o acordo de funcionamento do escritório em Caracas.
A Venezuela se tornou o primeiro país latino-americano a ser sancionado pela UE em 2017, que desde então aprovou medidas contra 55 funcionários venezuelanos, que incluem a proibição de viajar para o seu território e o congelamento de bens.
“Espero que haja uma reflexão na União Europeia, espero possamos reconstruir as pontes de entendimento, de diálogo, espero que aprendam a respeitar”, insistiu o chanceler Arreaza nesta quarta-feira.
Para os apoiadores de presidente, a decisão representa a supremacia do País em relação às suas decisões políticas. Em seu discurso, Nicolás Maduro afirma “Basta de intervencionismo colonialista.”
Venezuela- URGENTE: O Presidente @NicolasMaduro deu ao embaixador da Uniao Europeia em Caracas 72 horas para deixar o país. E deu ainda um aviso, disse que exige respeito e que cansou de colonialismo europeu contra a Venezuela! pic.twitter.com/Oc30LsbReF
— Nathália Urban (@UrbanNathalia) June 30, 2020
- Fonte: Redação Portal Manaós
- Imagem: Divulgação