A vacina foi suspensa em oito países europeus (Áustria, Dinamarca, Noruega, Itália, Alemanha, Holanda França e Espanha) após incidência de pacientes com tromboembolismo, o fato gerou dúvidas quanto a segurança do imunizante e agências de saúde manifestaram-se.
A Anvisa afirmou não ter registrado nenhum caso em solo brasileiro que estivesse ligado à vacina, contudo, investiga cinco ocorrências suspeitas de tromboembolismo entre os quase 3 milhões de brasileiros que receberam a vacina de Oxford.
“Já foram aplicadas mais de dois milhões e oitocentas mil doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca no Brasil. A Anvisa está monitorando nesse conjunto a ocorrência de cinco casos suspeitos de eventos tromboembólicos aqui ocorridos, não havendo, até o momento, correlação estabelecida entre o uso da vacina Fiocruz/Astrazeneca com eventos adversos relacionados à coagulação sanguínea”, disse a agência em comunicado da Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária.
Ainda, segundo a nota divulgada pela Anvisa, o lote que está sendo investigado na Europa “não é utilizado no Brasil. As vacinas utilizadas no Brasil, até a presente data, que foram importados pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos/Fundação Oswaldo Cruz, provêm do Serum Institute of India Pvt. Ltd, outro sítio de fabricação da vacina e, portanto, lotes diferentes daquele utilizado nos países relatados”
Já o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), orienta que os governos mantenham a vacinação com o imunizante da farmacêutica
“Isso [suspensão da vacina em alguns países] não significa necessariamente que esses eventos estejam relacionados à vacinação. É prática de rotina investigá-los e mostra que o sistema de vigilância funciona e que controles eficazes estão em vigor”, disse o diretor-geral nesta segunda-feira (15).
Apesar dos países europeus terem suspendido a vacinação com o fármaco, a Agência Europeia de Medicamentos disse que não há indícios de ligação entre a vacina e a formação dos coágulos sanguíneos e que a vacina pode continuar a ser usada enquanto sua investigação estiver em andamento.
Isto porque, é comum que eventos adversos ocorram e eles não estão necessariamente relacionados à vacina, mas, sim, à qualquer condição de saúde ocorrida depois da aplicação de uma dose.
A vacina de Oxford recebeu o registro definitivo da Anvisa e em breve, quando houver quantidade suficiente de doses, poderá ser distribuída para toda a população acima de 18 anos. Os estudos clínicos da vacina também apontaram uma eficácia de 82,4% com a segunda dose.
- Fonte: Redação Portal Manaós
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