O cardiologista Marcelo Queiroga, foi anunciado como novo dirigente do Ministério da Saúde há exatos seis dias, já participou de cerimônias oficiais de ministros e, ainda sim, não tomou posse do cargo.
A previsão é que Queiroga assuma o Ministério na tarde da próxima quarta-feira (24) ou, no máximo, quinta-feira (25), uma vez que os planos de Jair Bolsonaro foram adiados pela possível perda do foro privilegiado, que protege Eduardo Pazuello de condenações no inquérito sobre a gestão da pandemia.
A troca conturbada de ministros ocorre na semana com maior número de mortes por covid-19 no Brasil desde o início da pandemia.
Fontes corroboram cada vez mais com a narrativa sobre o temor do alto escalão executivo em deixar Pazuello sem foro privilegiado. O temor do governo, ainda segundo esses interlocutores, é que, perdendo o privilégio, Pazuello se fragilize juridicamente e possa até ser preso pelos atos temerários ou mesmo ilegais que cometeu como ministro da Saúde.
Até o fim dessa sexta-feira (19), não havia uma decisão sobre a nova casa que acolheria o ministro. Como forma de agradecimento, o presidente também gostaria de elevar Pazuello ao posto de general de quatro estrelas. Hoje ele tem três. A medida, no entanto, enfrenta resistência dentro do Alto Comando do Exército por envolver mudanças em regras vigentes.
- Fonte: Redação Portal Manaós/Congresso em Foco
- Imagem: REUTERS/Adriano Machado
